BUSCA IMPLACÁVEL
Era uma vez um ator chamado Liam Neeson, que no passado, ganhou a estatueta mais cobiçada do cinema mundial e tentava arrecadar uma grana extra num filme descerebrado. Como num conto de fadas, chega um roteiro perfeito, com adrenalina, suposta diversão escapista e sequências dramáticas, deixando a obra com jeitão sério.
Era uma vez Maggie Grace (do seriado ‘Lost’), uma jovem estagiária a atriz, colocada num papel chato e sem naturalidade, nos fazendo torcer para que os sequestradores terminassem logo o serviço e não termos que ouvir seus gritos histéricos.
Era uma vez, uma família desunida, onde pai e filha tentam se aproximar novamente. Ele, um policial aposentado, sobrevive de bicos como segurança. A menina viaja (a contragosto do pai) e lá acaba sendo sequestrada, servindo de produto numa “feira de prostituição” bancada por magnatas. Nosso herói sai à caça dos desertores, lotado de frases feitas debaixo do sobretudo e cara de poucos amigos.
Era uma vez ‘Busca Implacável’, produzido pelo cara de pau Luc Besson – interessado mais nas bilheterias do que na obra em si – pegando carona com a nova face do cinema de ação (Jack Bauer, James Bond ou Jason Bourne, são referências nítidas). Os tiroteios são o único atrativo razoável, num longa contendo roteiro paupérrimo, induzindo Pierra Morel (’13º Distrito’) a entrar nos piores clichês da sétima arte.
Era uma vez, nossa paciência, que se esvai após o segundo berro irritante da coadjuvante. A carreira de Neeson merecia algo melhor.
NOTA: 5,0
ORÇAMENTO: 30 Milhões de Euros
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