Bicho de Sete Cabeças, o hipnótico filme de Laís Bodanzki
Antes de mais nada devo dizer que a melhor palavra para descrever Bicho de Sete Cabeças seja entrosamento. Elenco, diretora, produtores, cinegrafistas e todos os participantes da empreitada se unem com força impressionante. Por isso, tiram de Rodrigo Santoro (300), Othon Bastos (Zuzu Angel) e Cassia Kiss (Não por Acaso) performances soberbas.
Baseado no livro Conto dos Malditos, a diretora Laís Bodanzki levou pensamentos, atitudes, revoltas e o complexo mundo jovem da forma mais certeira às telonas. Não demorou para abocanhar inúmeros prêmios nacionais e internacionais, ganhando prestígio e fazendo Hollywood olhar de forma diferente para Santoro.
Bicho de Sete Cabeças tem algo tão natural e hipnótico, que podemos considerá-lo um dos maiores marcos da retomada. Todavia, é uma visão aterradora e extremamente chocante de como tal sistema se encontra decadente e jogado às traças.
Fotografia e montagem se fundem nesta obra prima nacional, lotada de sofrimento e angústia. Enfim, Bodanzki é o maior talento brasileiro em anos.
Sinopse de Bicho de Sete Cabeças:
Após ser internado pelo pai para tratar seu vício por drogas, um jovem encontra um mundo extremamente diferente de tudo. Ao invés de se curarem, os pacientes são tratados como meros objetos. Com isso, passam por traumas que ficarão marcados pelo resto das suas vidas.
NOTA: 8,5
ORÇAMENTO: —
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