No cartaz de ‘Atividade Paranormal’, uma frase avisa ao espectador: ‘não assista sozinho’. Nos trailers passados na internet, pessoas foram filmadas dentro do cinema e gritavam, se retorciam e se espantavam com o que viam na telona. Por esta campanha ferrenha (que não é novidade, pois ‘A Bruxa de Blair’ foi o precursor desta artimanha), o suspense de 15 mil dólares já acumula mais de 100 milhões nas bilheterias americanas.
A filmagem é quase amadora, lotada de cortes abruptos e pega emprestado ideias já vistas antes para tentar botar medo nos desavisados. A câmera estática no quarto é outro problema, pois apesar do auto nível de tensão nos minutos iniciais, existe certo desgaste no decorrer do longa, e só no desfecho o medo toma conta novamente – a penúltima cena em especial é sensacional.
Os atores Katie Featherston e Micah Sloat tem boa química, mas os coadjuvantes estão lá apenas para fazer número. É evidente que Oren Peli foi inteligente ao escrever um roteiro sombrio e misterioso, mas também é bom lembrar que, se o trabalho não tivesse caído nas mãos de Steven Spielberg, todo este alarde seria diminuído imensamente.
Casal é perseguido por uma entidade e pela noite, quando estão dormindo, vozes e passos são ouvidos pela casa, luzes acendem misteriosamente e portas se fecham com violência. Micah resolve comprar uma câmera e filmar os acontecimentos ocorridos nas madrugadas e quanto mais o tempo passa, maior é a tensão e o medo divididos entre eles.
Não é o ‘melhor terror dos últimos tempos’ como haviam dito por aí, pois ‘[Rec]’, ‘Cloverfield’ e, principalmente, ‘A Bruxa de Blair’ tem mais potencial que ‘Atividade Paranormal’. Para o bem ou para o mal, enquanto aceitarmos este formato reality-show nos multiplex, haverão sempre novos exemplares deste sub-gênero. Oren Peli já está contratado para filmar ‘Área 51’, sobre a famosa base norte-americana. Vamos esperar e ver no que dá, por hora é só outro diretor mediano!
ORÇAMENTO: 15 Mil Dólares
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