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Andróides Sonham com Ovelhas Elétricas?

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Na próxima sexta feira, o curta metragem Andróides Sonham com Ovelhas Elétricas?, baseado livremente no conto de Philip K. Dick, do diretor campineiro Igor Capelatto, será exibido na 10ª Mostra Curta Audiovisual.

O diretor bateu um papo com o Cinema e Pipoca e falou sobre o elenco, as dificuldades de adaptar um projeto do mestre da ficção científica e muito mais. Confira!

Cinema e Pipoca: Por que escolher uma obra de Philip K. Dick para seu curta? E vocês conseguiram algum tipo de licença para fazê-lo?
Igor Capelatto: Na verdade, a obra é apenas uma inspiração para o curta. A escolha por Dick, poderia ter sido Arthur Clarke ou Pierre Boulle. Escolher esta obra em si, reflete mais no conteúdo filosófico da obra do que no autor. Pesquisando analogias e os conceitos entre realidade e ficção, para um artigo científico, deparei-me com uma entrevista do Dick a cerca desta analogia, e resolvi rever a obra na qual ele referenciava ter realizado um romance envolvendo o tema: Androides Sonham com Ovelhas Elétricas. Por ser uma adaptação livre, não se inferem direitos autorais.

Andróides Sonham com Ovelhas Elétricas

CP: Foi difícil encontrar as locações certas para o curta, estando em Campinas? Como foram feitas essas escolhas?
IC: Conforme relia o livro homônimo de Dick, e recriava os conceitos filosóficos abordados no romance, já ia imaginando possíveis locais para gravação do curta. Em conversa com a equipe da direção e arte do filme, fomos afinando as locações. Estando em Campinas, as possibilidades na verdade aumentam. Tem muita disponibilidade de locação na região, e muita gente de boa vontade que faz parceria para locações, objetos cênicos, figurino.

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Nossa ideia inicial era de um local que fosse um reaproveitamento de algo abandonado: um galpão, um prédio, um trem. Então a estação cultura veio a calhar, os vagões reaproveitados do local. Outra observação importante é que propomos eu, Carla Lopes, Erica Ribeiro e Paulo Ely, que duas escolas-técnicas artísticas deveriam aparecer no filme (e que inspiraram e foram absorvidas na fotografia, tanto na estética quanto na linguagem, pelos diretores de fotografia Alex Mariano e Rafael Veron): de fato a NOIR, mas em contrapartida a COLLAGE (tanto dada, quanto surrealista) e, a estação casava essas três propostas. Pensando na ideia da collage – junção de múltiplos matérias, recortes e objetos sobrepondo-os, justapondo-os, recortando-os – a casa de um dos atores sugeridos ao filme, Luiz Humberto Siqueira, entrou em cheio, uma casa-collage, dada, surrealista, perfeita artisticamente para o filme.

Quanto a estação, o mais complicado foi o tempo de espera para o retorno da secretaria de cultura e administração da Estação Cultura sobre a liberação do espaço. Por normas da Prefeitura de Campinas, mesmo com licença para uso de arma (réplica cênica) no filme, no local não foi permitido, e para tal, precisamos adaptar a cena do filme (e então, entrou uma navalha no local do revolver).

CP: O clima noir é sempre um ponto que tentam destacar em filmes baseados no autor. Como fugir dos clichês já impostos?
IC: O noir é a linha base do Dick, ele trabalha elementos noir na narrativa de seus contos e romances. Fugir dos clichês foi não associar Dick com steampunk ou cyberpunk ou associar NOIR com Expressionismo Alemão ou Cubismo, gêneros artísticos que muito são usados nos cenários e estéticas. Então procuramos o dada e surrealismo como fuga e como analogia das ideias que propusemos investigar no nosso curta.

Andróides Sonham com Ovelhas Elétricas

CP: Como foi o processo de escolha e preparação dos atores para Andróides Sonham com Ovelhas Elétricas?
IC: Costumo imaginar atores conforme escrevo os filmes, conforme disponibilidade orçamentária e locações do filme. Fazia tempo que eu estava atrás de uma oportunidade de trabalhar com o Tiago Monteiro. Na busca por atrizes, através de contatos de amigos produtores, vieram algumas opções e conforme o concept art proposto para o filme, Tiemi Kimura encaixou bem ao papel de Rach, com o Max Sawaya eu já havia trabalhado outras vezes. Paulo Ely encaixou para o Andróide, a escolha já foi coletiva e o Luiz foi por precisarmos de um personagem mais experiente e por conhece-lo bem, sugeri que ele fosse escolhido para o elenco.

Andróides Sonham com Ovelhas Elétricas

CP: O que fazer para que os espectadores que estão fora das mostras e festivais tenham mais acesso a curtas?
IC: A Internet sempre é boa, porém tem muita coisa rolando no youtube, vimeo e redes sociais, e as pessoas não usam tanto assim a internet para acesso a produções independentes, desconhecidas, cults, procuram coisas mais populares, que estão na moda, ou virais. Por isso, creio que exibições constantes de cinema em espaços públicos são importantes. As pessoas deveriam falar mais de seus filmes e menos de vídeos populares. Vejo colegas divulgarem filmes americanos, europeus, comerciais, que já tem por si só, muita divulgação na mídia, mas não divulgam seus próprios materiais: isso deveria ser feito com maior frequência, divulgação de curtas independentes.

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CP: Como está sendo a carreira de ‘Androides sonham com Ovelhas Elétricas?’ nos festivais pelo Brasil?
IC: O filme tem tido boa aceitação. Interessante que ele tem gerado bons debates e retornos do público. Mas não nos limitamos aos festivais, procuramos todo tipo de mostra e espaços possíveis para circulação.

CP: Tem algum projeto engatilhado para o futuro? Poderia nos falar a respeito?
IC: Sim, diversos. Sempre temos projetos engatilhados. Além de videoclipes, vídeos institucionais e outros serviços que abraçamos na produtora, no momento estamos realizando projeto para editais, de duas webs series, uma ficcional e outra um reality. Além de estar trabalhando na captação de verba para um longa, o qual temos ótimas parcerias incluindo elenco de peso (gente da mídia) que vai ajudar alavancar o projeto e a produtora.

Confira aqui outras entrevistas feitas pelo Cinema e Pipoca!

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8 Filmes que Leonardo DiCaprio merecia o Oscar

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Leonardo DiCaprio merecia o Oscar por diversas vezes, tudo porque, ao longo de sua carreira, nos presenteou com personagens inesquecíveis e atuações impecáveis que conquistaram a crítica, o público e, por muitas vezes, foram ignoradas pela Academia. Ele tem uma carreira marcada pela escolha de papéis desafiadores, e a cada novo projeto, ele eleva o nível da interpretação.

Embora finalmente tenha levado para casa o cobiçado prêmio de Melhor Ator com O Regresso (2015), há vários outros momentos espetaculares. E você, concorda com esta lista?

8 Filmes que Leonardo DiCaprio merecia o Oscar

Diário de um Adolescente (1995)

Filmes que Leonardo DiCaprio merecia o Oscar
Filmes que Leonardo DiCaprio merecia o Oscar

Apesar de ainda ser um jovem ator na época, DiCaprio já demonstrava seu talento em Diário de um Adolescente, um drama psicológico que lida com questões complexas como o vício em drogas e suas consequências devastadoras. O filme, baseado no romance de Jim Carroll, segue o protagonista através de sua difícil jornada pela dependência química e suas degradações físicas e mentais.

DiCaprio não só convence como o adolescente problemático, mas consegue captar a vulnerabilidade e os dilemas internos do personagem de forma brilhante. A performance, intensa e visceral, marca o começo de sua jornada como um dos grandes nomes do cinema, mesmo que a Academia ainda não estivesse pronta para reconhecê-lo.

Titanic (1997)

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Leonardo DiCaprio merecia o Oscar

Com um orçamento colossal e uma direção de James Cameron que se tornaria histórica, Titanic se consagrou como um dos maiores sucessos de todos os tempos, arrecadando 11 Oscares, incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor. No entanto, um prêmio ficou de fora: o de Melhor Ator. Mesmo que a performance de DiCaprio como Jack Dawson não seja a mais complexa de sua carreira, é inegável que ele conseguiu criar um dos personagens mais adorados da história do cinema.

Sua química com Kate Winslet, o desfecho épico e a carga emocional que transmite ao público são ingredientes que tornam sua atuação memorável.

Gangues de Nova York (2002)

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Em Gangues de Nova York, Martin Scorsese apresenta uma história épica ambientada na Nova York do século XIX, marcada pela violência e pela luta pelo poder nas ruas. DiCaprio contracena com um dos maiores ícones do cinema, Daniel Day-Lewis, que, de fato, roubou a cena com sua interpretação visceral do vilão Bill “The Butcher” Cutting.

Ele consegue equilibrar a vulnerabilidade de seu personagem com a sua sede por justiça e, embora o filme tenha sido reconhecido com várias indicações ao Oscar, DiCaprio não conseguiu ser indicado, o que foi uma grande falha da Academia.

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O Aviador (2004)

Melhores Filmes sobre Aviões
Leonardo DiCaprio merecia o Oscar

Em O Aviador, conhecemos Howard Hughes, o excêntrico magnata do cinema e da aviação, cujos problemas mentais e obsessões se tornam o cerne da história. A direção (mais uma vez) de Martin Scorsese e o elenco de peso, que inclui Cate Blanchett e Alec Baldwin, dão o tom ao filme, mas a verdadeira força do projeto reside na interpretação de DiCaprio.

Ele não apenas traz à vida a complexidade de Hughes, mas faz isso de forma brilhante, explorando o sofrimento mental do personagem e sua constante busca pela perfeição. Mesmo assim, o Oscar foi para Jamie Foxx por sua atuação em Ray, deixando DiCaprio mais uma vez de fora.

Diamante de Sangue (2006)

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Em Diamante de Sangue, DiCaprio mergulha no violento mundo do comércio de diamantes durante a guerra civil em Serra Leoa. Interpretando Danny Archer, um contrabandista de diamantes, o ator entrega uma performance poderosa que mistura charme, corrupção e redenção. A complexidade do personagem exigia um grande alcance emocional, e DiCaprio faz um trabalho excepcional, lidando com temas delicados como a exploração e os horrores da guerra. Ao lado de Djimon Hounsou e Jennifer Connelly, ele entrega um desempenho de alto nível, mas a Academia mais uma vez ignorou sua performance em favor de outros nomes naquele ano.

Ilha do Medo (2010)

Leonardo DiCaprio merecia o Oscar
Leonardo DiCaprio merecia o Oscar

Em Ilha do Medo, DiCaprio tem a tarefa de encarnar Teddy Daniels, um detetive enviado a um hospital psiquiátrico isolado para investigar o desaparecimento de uma paciente. Dirigido por Martin Scorsese, o filme é um thriller psicológico que mistura mistério e terror psicológico, e DiCaprio brilha ao transmitir a crescente paranoia e a dor emocional de seu personagem.

Sua performance é brilhante, especialmente quando o filme revela suas camadas mais profundas. A tensão criada ao longo da trama, combinada com sua entrega visceral, mas a Academia (mais uma vez) preferiu não reconhecer sua atuação, deixando-o mais uma vez de fora da disputa por um Oscar.

Django Livre (2012)

Leonardo DiCaprio merecia o Oscar
Leonardo DiCaprio merecia o Oscar

Embora Django Livre tenha sido dominado pela performance magnética de Christoph Waltz, que levou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, a atuação de DiCaprio também é digna de reconhecimento. Interpretando o vilão Calvin Candie, um proprietário de uma plantação cruel e insano, ele está arrebatador, mostrando a capacidade de criar um personagem detestável, mas fascinante. Candie é um homem que encontra prazer na morte e no sofrimento de outros. Sua cena de jantar, em que se corta com uma taça de cristal, é um exemplo perfeito de sua entrega emocional e física.

O Lobo de Wall Street (2013)

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Em O Lobo de Wall Street, também entrega uma das performances mais frenéticas e engraçadas de sua carreira, como o corretor da bolsa de valores Jordan Belfort. O filme de Martin Scorsese é uma montanha-russa de excessos, e DiCaprio consegue equilibrar o caos e a decadência de seu personagem com uma energia irresistível.

Uma das atuações mais energéticas de toda sua carreira, mas a estatueta foi para Matthew McConaughey por sua performance em Clube de Compras Dallas (2013). A performance também cheia de camadas, mostrando a ascensão e queda de um homem completamente obcecado por poder e riqueza.

Apesar de todas essas atuações memoráveis, foi apenas em 2016 que DiCaprio finalmente conquistou o Oscar de Melhor Ator por sua performance em O Regresso (2015), um prêmio merecido após uma carreira de desempenhos impecáveis. No entanto, as atuações acima mostraram que ele merecia o reconhecimento muito antes.

E você, acredita que esses são os filmes que ele merecia o Oscar? Ou tem outras atuações que você consideraria dignas do prêmio? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe sua opinião conosco!

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Críticas

Crítica: Morte a Pinochet

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Morte a Pinochet é uma produção chilena, dirigida por Juan Ignacio Sabatini e que chegou no Brasil com o selo da A2 Filmes. E assim como tantas obras nacionais como Marighella ou Batismo de Sangue, esta expõe toda a luta de uma pequena parcela que não queria, no futuro, que seus entes queridos passassem pelas mesmas atrocidades que elas. E é um diálogo fundamental nos dias de hoje, ainda mais quando notamos um retrocesso na mentalidade de muitos cidadãos.

Nestes pouco mais de 80 minutos, temos uma entrega sem igual de Daniela Ramírez, que interpreta Tamara, bem como de todos do elenco. Além disso, ficamos diante de cenas de arquivo, com a guerra civil explodindo por todos os cantos. Só senti falta de mais imagens reais ao longo da trama, pois complementaria todo o enredo.

Talvez por conta do baixo orçamento, Sabatini tenha preferido takes mais fechados para facilitar a reconstrução de época. Contudo, não há um arrojo tão denso na fotografia e há diferenças gritantes, se comparados com o já citado Marighella, de Wagner Moura.

Outros prós e contras de Morte a Pinochet

Certamente, o espectador notará um grande suspense no ar desde os primeiros minutos, e não dá para ser diferente, até porque, o cerne do roteiro é o planejamento do grupo para eliminar o ditador. Apesar disso, a balança moral é colocada em prova poucas vezes, deixando os personagens com uma dubiedade mais amena (o que, neste caso, pesa contra).

Entenda o seguinte: há diálogos pontuais, como quando a protagonista visita seu pai e entrega algumas cartas para ele ou mesmo na narração em off onde diz que “às vezes, a história tem que ser pintada com balas, não para nós, mas para o futuro de nossos filhos“, que valem cada segundo. Mas porque não fazê-los mais vezes?

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Se tiver oportunidade, veja Morte a Pinochet, pois o cinema, além de tudo, também educa e molda caráter.

Onde assistir Morte a Pinochet?

É possível adquirir o filme para aluguel ou compra nos seguintes sites: Microsoft Store, Amazon Video, bem como Apple TV e Google Play Movies.

morte a pinochet

Sinopse do filme

Em setembro de 1986, um grupo de jovens tinha nas mãos a oportunidade de mudar o destino de um país: acabar com a ditadura de Pinochet matando-o. Enquanto o Chile vivia uma das ditaduras mais cruéis de Augusto Pinochet, poucos ousados consideravam o impossível: matar o tirano. O professor de educação física Ramiro, a psicóloga Tamara, e Sasha, nascida na favela, marcam o ataque armado para uma tarde de domingo em 1986.

Ramiro, ex-professor de educação física que se dedicou à luta armada, esquecendo-se das relações pessoais; Sacha, um jovem humilde das favelas de Santiago, um entusiasta do futebol, sem formação política, e Tamara, uma psicóloga atraente que deixou uma família de classe alta para viver na clandestinidade e se tornou a única mulher com posto de comandante na Frente Patriótica: todos eles têm um objetivo comum – matar Pinochet. Baseado na história real de um ataque fracassado lançado por um braço armado do Partido Comunista Chileno.

Nota Cinema e Pipoca: ★★★½

Título Original: Matar a Pinochet
Ano Lançamento: 2022 (Chile)
Dir: Juan Ignacio Sabatini
Elenco: Daniela Ramírez, Cristián Carvajal, Juan Martín Gravina, Gabriel Cañas, Gastón Salgado, Julieta Zylberberg

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DAVID FINCHER – FILMOGRAFIA

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David Fincher, nasceu em 28 de agosto de 1962 em Denver, é um diretor tanto autoral, quanto “industrializável” e consegue o que pouquíssimos diretores alcançaram na Hollywood atual: poder suficiente para tocar seus projetos particulares e liberdade suficiente para inserir suas idéias em produções como o pesado “O Homem que não Amava as Mulheres”.

Aos 18 anos começou a trabalhar na Industrial Light and Magic de George Lucas, onde teve a oportunidade de trabalhar em ‘O Retorno de Jedi’ (1983) e ‘Indiana Jones e o Templo da Perdição’ (1984). Deixou a empresa para se dedicar ao ramo de comerciais publicitários, além de dirigir clips para bandas como Aerosmith, Madonna e etc.

Logo abaixo sua filmografia, pouco extensa, mas com um valor incrível!

Leia mais sobre a filmografia de David Fincher
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