AMY

amy

Para quem não está ligando o nome a pessoa, o diretor Asif Kapadia fez, além deste belo documentário sobre a vida de Amy Whinehouse, a obra prima intitulada ‘Senna’, portanto, ele tinha uma responsabilidade enorme em manter o nível de qualidade altíssimo. E não é que ele consegue novamente!

A estrutura narrativa dos dois projetos são quase iguais e isso continua funcionando muito bem, principalmente porque a cantora parece conversar com o espectador o tempo todo, criando um vínculo e uma aproximação enormes. E se desde pequena, Amy sofria por conta da separação dos pais, foi na adolescência que isso piorou e que sua genialidade musical aflorou.

Kapadia faz questão de conversar com os produtores e antigos empresários, tudo para evidenciar o quão desgastante e estressante pode ser o show business e como as pessoas não estão preparadas para este sucesso repentino. A edição, após determinado momento, conta a história da cantora através de suas próprias canções e isso é tocante.

Mesmo vilanizando o pai dela – com certas sequências e diálogos que dão repulsa – e o ex-namorado Blake Filder-Civil – que a apresentou para drogas mais pesadas como o crack –, o roteiro jamais a coloca como uma santa, ou seja, ela também não teve força suficiente para sair daquela tormenta.

O grande barato é que Whinehouse não fazia esforço para levar sua genialidade musical às alturas quando queria ou estava sóbria, mas o demoniozinho ao pé do seu ouvido falou mais alto, fazendo-a conhecida – em diversos trechos de sua vida – muito mais por seus excessos. Mas nada tira o brilho eterno e incontestável diva do jazz, soul e R&B.

Título Original: Amy
Ano Lançamento: 2015 (Estados Unidos/Reino Unido)
Dir: Asif Kapadia
Elenco: Amy Winehouse, Mos Def, Mark Ronson, Tony Bennett, Pete Doherty, Mitch Winehouse, Blake Fielder-Civil

ORÇAMENTO: —
NOTA: 8,5

Por Éder de Oliveira

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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