Chucky é um personagem que com o passar dos anos acabou se tornando um serial killer sem causa. Se em ‘Brinquedo Assassino’ (1988), corria atrás de Andy para colocar sua alma no corpo do garotinho, em ‘Brinquedo Assassino 3’ (1991) houve uma banalização nos acontecimentos e as mortes foram pouquíssimo inspiradas.
Vendo o retorno maciço das produções dos anos 80 neste novo século como ‘A Hora do Espanto’, ‘Karatê Kid’ e outros títulos, Don Mancini, idealizador da ideia original, roteiriza e dirige ‘A Maldição de Chucky’, que é mais uma espécie de agradecimento aos espectadores da ‘velha-guarda’ do que uma apresentação para a nova geração.
Com efeitos especiais mais avançados, Mancini caracteriza o personagem com feições humanas e olhares doentios – vide a cena em que ele e a empregada ficam frente a frente. A desculpa para seu retorno é absurda e gratuita, mas não estamos nem aí para isso, já que o que vale é a forma com que todos serão devidamente mortos.
Depois da morte de sua mãe, Nica e sua irmã Barb preparam os arranjos para o funeral. A sobrinha de Nica trás consigo um boneco que chegou pelos correios sem maiores avisos. É quando diversos assassinatos começam a acontecer e Nica desconfia que o brinquedo tenha alguma relação com tudo isso.
Ao colocar um obstáculo grandioso para a protagonista, interpretada por Fiona Dourif – para quem não viu o trailer, ela é cadeirante e mora em uma casa enorme lotada de escadas – a sensação de urgência se torna maior e ao deixar um pouco do humor piegas de lado, os produtores conseguem algo importantíssimo e quase impensável: dar sobrevida a Chucky. E que venham mais continuações, desta vez, em tela grande.
Título Original: Curse of Chucky
Ano de Lançamento: 2013 (Estados Unidos)
Dir: Don Mancini
Elenco: Danielle Bisutti, Brad Dourif, Alex Vincent, A Martinez, Brennan Elliott, Fiona Dourif, Chantal Quesnelle, Maitland McConnell
ORÇAMENTO: 5 Milhões de Dólares
NOTA: 6,0
Por Éder de Oliveira
