Críticas

BRINQUEDO ASSASSINO

brinquedo assassino

Tenho um carinho bem particular por ‘Brinquedo Assassino‘ (por mais bizarra que possa ser esta declaração), pois me lembro exatamente do dia em que criei coragem e resolvi assisti-lo em uma dessas sessões de filmes na TV aberta. Foi a primeira vez que colocava os olhos em alguma obra do gênero e agora, cerca de quinze ou dezesseis anos depois, revejo e constato que Chucky ainda causa desconforto em determinadas cenas e tira risos em outras.

A movimentação do boneco, que poderia estar datada em pleno século 21, ainda sobrevive muito bem e suas expressões se tornam mais humanas no decorrer do longa. A inventividade dos assassinatos é apenas uma mostra do quanto a Hollywood dos anos 80 sabia ser politicamente incorreta.

Mas são poucos os atores do elenco que passam a naturalidade necessária – o garotinho Alex Vincent dá um show nos outros atores – e a câmera, que teima em “presentear” o espectador com closes forçados, incomodam. Por outro lado, há referências bastante pontuais de clássicos do terror como “O Iluminado” ou “O Exorcista” e são inseridos muito bem.

Com a enxurrada de porcarias que estreiam nas telonas todos os anos, como por exemplo as intermináveis sequencias de “Jogos Mortais”, “O Albergue” ou o remake de “A Hora do Pesadelo”, é um prazer voltar ao universo de Chucky, que nunca teve vergonha de se assumir trash. Ótimo representante dos serial killers, deve ter um lugar obrigatório na estante de cada cinéfilo que se preze.

Sinopse de Brinquedo Assassino

Um serial killer que está sendo perseguido pela polícia é alvejado, mas antes de morrer transfere sua alma para um boneco em um ritual de vodu. Um garotinho chamado Andy, ganha o tal boneco da mãe e ao descobrir que o objeto está vivo tenta alertá-la, mas é tudo em vão. O problema é que Chucky necessita da criança para tornar-se humano novamente.

Título Original: Child’s Play
Ano Lançamento: 1988 (Estados Unidos)
Dir: Tom Holland
Elenco: Catherine Hicks, Chris Sarandon, Alex Vincent, Brad Dourif, Dinah Manoff, Tommy Swerdlow

ORÇAMENTO: 9 Milhões de Dólares
NOTA: 8,0

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