Após conhecermos os indicados os Oscar de 2019, é inegável imaginarmos que os chefões da Netflix estejam rindo a toa. O motivo? Roma está presente em 10 categorias e A Balada de Buster Scruggs, dirigido pelos Irmãos Coen em outras 3. Ou seja, é o streaming novamente peitando a fórmula padrão de se fazer cinema!
Os Coen já haviam flertado com o faroeste anteriormente e aqui eles moldam um longa episódico, dividido em seis histórias com ritmos e atuações bastante oscilantes – já a fotografia e a reconstrução de época são excelentes em todos os momentos.
Os melhores segmentos são o primeiro, que tem um humor cínico e um tanto nonsense, com suas canções e coreografias dos tiroteios de encherem os olhos (sem contar a quebra da quarta parede!) e o quinto, onde a corrida do ouro é o tema central e conta com Tom Waits – excelente! – como um velho resmungão.
O segundo, o terceiro e o quarto tem seus momentos, mas já não parece haver tanta inspiração, principalmente na questão de fluidez, mas fiquem de olho nas atuações de Harry Melling e Zoe Kazan. E o sexto e último, focado na fantasia de terror, é arrastado e com um desfecho anti-climático.
A Balada de Buster Scruggs, dirigido pelos Irmãos Coen, foi escrito para se transformar num seriado e, infelizmente, reescrevê-lo como longa metragem não deu tão certo quanto imaginavam.
Sinopse de A Balada de Buster Scruggs:
Dividido em seis partes, A Balada de Buster Scruggs conta com personagens que vivem e lutam na época do Velho Oeste, seja na disputa do ouro ou mesmo numa viagem um tanto sinistra.
Título Original: The Ballad of Buster Scruggs
Ano Lançamento: 2018 (Estados Unidos)
Dir: Joel Coen, Ethan Coen
Elenco:James Franco, Liam Neeson, David Krumholtz, Brendan Gleeson, Zoe Kazan, Tim Blake Nelson, Stephen Root, Tom Waits, Harry Melling, Tyne Daly
ORÇAMENTO: 15 Milhões de Dólares
NOTA: 6,0
INDICAÇÕES AO OSCAR: Melhor Roteiro Adaptado / Melhor Figurino / Melhor Canção Original