CÉSAR DEVE MORRER

cesar deve morrer

A proposta de roteiro feita pelos diretores italianos Paolo Taviani e Vittorio Taviani é excelente – fazer com que os detentos da penitenciária de Rebibbia recontem a história de Júlio César de Shakespeare –, sem contar que a fotografia em preto e branco, reafirma para o espectador, de uma forma ou de outra, o processo de libertação daqueles homens.

A montagem é extremamente crua e simples mas funcional e até os estranhos trejeitos que os atores dão aos seus personagens são bem-vindos, assim como nos momentos em que a trilha sonora é inserida. Os problemas começam quando os Taviani tentam buscar uma espécie de conflito real, fora da composição da peça e derrapam feio pela falta de naturalidade.

Em uma cena específica, vemos o teatro ainda em fase de estruturação, nela há toda uma tentativa de nos fazer sentir a preocupação dos envolvidos por causa dos percalços na obra, mas nada sai como planejado e o máximo que conseguem é revelar alguns minutos completamente desnecessários.

A menção à liberdade romana, contrastada com a imagem de vários presos em suas celas escutando as palavras de Bruto, interpretado por Salvatore Striano,é excelente. No fim das contas, fica um sentimento de que tudo poderia ter sido menos burocrático e penoso, mas vale como uma experiência e um retrato de como a arte pode ampliar as barreiras e dar novo significado, mesmo que por pouco tempo, àqueles que já não o tinham.

Título Original: Cesare deve morire
Ano Lançamento: 2012 (Itália)
Dir: Paolo Taviani, Vittorio Taviani
Elenco: Cosimo Rega, Salvatore Striano, Giovanni Arcuri, Antonio Frasca, Juan Dario Bonetti, Vincenzo Gallo, Rosario Majorana

ORÇAMENTO: —
NOTA: 6,0

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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