O DIA EM QUE A TERRA PAROU
Há tantos personagens irritantes no decorrer dos cem minutos neste ‘O Dia em que a Terra Parou’, que a lista, facilmente, lotaria esta crítica. Todos, sem exceção, provam o quanto Scott Derickson (‘O Exorcismo de Wmily Rose’) é péssimo diretor de atores – e razoável quando utiliza efeitos especiais.
Temos Keanu Reeves (‘Matrix’) patético e sem expressão interpretando Klaatu, um alienígena camarada que vem à Terra nos avisar da destruição da nossa raça, Jennifer Connelly (‘A Casa de Areia e Névoa’) está irreconhecível, principalmente nos momentos dramáticos, Kathy Bates (‘P.S. – Eu Te Amo’), como secretária de defesa norte-americana, parece uma marionete do presidente e John CLeese (‘A Menina e o Porquinho’) numa aparição rápida e rasteira. Mas nenhum personagem é tão desprezível quanto o de Jaden Smith (filho de Will Smith), que poderia muito bem ser exterminado na segunda cena e não sentiríamos falta dele.
‘O Dia em que a Terra Parou’ é a refilmagem da ficção científica de 1951 e aqui há uma troca de motivos (antes a Guerra Fria, agora o aquecimento global), ficando na medíocre intenção de um roteiro mecânico, previsível e que nunca faz jus ao título original, servindo apenas para introduzir uma boa computação gráfica nas cenas de destruição.
Assim como tantas refilmagens atuais feitas em Hollywood, este é outro exemplo de como produtoras, roteiristas e diretores estão sem idéias e com medo de investirem em histórias originais, ficando reclusos a um nicho redundante e por vezes cem por cento irrelevante.
NOTA: 4,0
ORÇAMENTO: 80 Milhões de Dólares
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