O Macaco | Vale a pena assistir?

o macaco

Quando saí de Longlegs – Vínculo Mortal, notei que Osgood Perkins havia subido um degrau nas prateleiras de novos diretores de Hollywood (mesmo já tendo uma carreira antes). Portanto, me empolguei com o trailer de O Macaco, pois seria ele o comandante deste longa metragem tirado de um conto de Stephen King. Mas essas primeiras imagens apontavam para algo mais denso e sério, coisa que não acontece em nenhum momento por aqui.

Já na cena de abertura, onde Adam Scott (Ruptura) surge numa loja para tentar devolver o tal brinquedo amaldiçoado, temos um tom de sarcasmo interessante e algo parecido com a série de filmes Premonição. Até aí tudo bem, pois sou adepto a esse tipo de sub-gênero (Brinquedo Assassino e A Hora do Pesadelo, por exemplo, conseguem dosar bem essas ferramentas).

O problema é que Perkins não soube fazer uma boa passagem temporal e as mortes, mesmo que inventivas, se acumulam tão gratuitamente que não geram mais aquela sensação cômica e nem mesmo impactam. Apesar do design bem legal do tal macaco do título, que dá um sorriso e bate suas baquetas em uma espécie de bumbo, se distanciando de Annabelle e outros personagens baseados em brinquedos infantis, senti falta de sutileza por aqui.

O Macaco e um elenco que acerta às vezes e erra outras

O Macaco conta também com Theo James (insosso na maioria das vezes), Tatiana Maslany (que se esforça numa atuação decente), Elijah Wood (que pareceu se divertir no papel do padrasto de Petey) e Colin O’Brien (o garoto que está longe do pai e só quer atenção). Ao todo, são 100 minutos de projeção que não chegam a ofender o espectador, mas são indiferentes.

Quando os créditos sobem o espectador lembrará de cenas esporádicas, como se fossem sketches. Apesar disso, o nome de James Wan está lá como produtor executivo e nós sabemos que ele investe pouco (neste caso, US$ 10 milhões) para arrecadar, pelo menos, cinco vezes mais. Boa jogada de marketing, bons nomes e uma bagunça tremenda no corte final. Grande decepção, infelizmente.

O Macaco no cinema de Hortolândia
O Macaco no cinema de Hortolândia

Onde assistir O Macaco?

O filme está nos cinemas de todo Brasil.

Sinopse de O Macaco

Irmãos gêmeos encontram um misterioso macaco de corda. Após a descoberta, uma série de mortes absurdas destroça a família. Muitos anos depois, o macaco inicia uma nova onda de assassinatos, forçando os irmãos a enfrentar o brinquedo amaldiçoado.

Nota Cinema e Séries: ★★½

Título Original: The Monkey
Ano Lançamento: 2025 (Estados Unidos | Canadá | Reino Unido)
Dir: Osgood Perkins

Elenco: Theo James, Tatiana Maslany, Christian Convery, Colin O’Brien, Elijah Wood, Rohan Campbell, Sara Levy, Adam Scott

Curiosidades de O Macaco

  • A decisão de colocar o brinquedo tocando um tambor em vez de pratos foi devido aos direitos sobre a versão com pratos serem propriedade da The Walt Disney Company, já que o brinquedo apareceu como um personagem em Toy Story 3.
  • O Macaco é inspirado em um conto do livro Skeleton Crew, de Stephen King.
  • A música que o personagem toca no filme é “I Do Like To Be Beside The Seaside”.
  • A maior parte do filme se passa em uma cidade no estado do Maine, como é de costume as obras de Stephen King.
  • O diretor Osgood Perkins revelou que fez muitas mudanças no roteiro, tornando o filme mais leve e com elementos cômicos, já que ele achava que o material original era muito sério e, segundo ele, parecido com outros títulos.
  • Perkins acreditava que a melhor forma de lidar com a ideia insana de morte era com um sorriso e um tom cômico.
  • Há um personagem no filme chamado “Torrance”, uma referência à família Torrance do filme O Iluminado de Stephen King.
  • O sinal do hotel que diz “No food after midnight” é uma homenagem ao filme Gremlins (1984).
  • Adam Scott interpreta o pai de Hal e Bill, um piloto. Ele também atuou no remake da Twilight Zone no episódio “Nightmare at 30,000 Feet”, no qual ele era um passageiro apavorado.
  • Perkins usou sua própria experiência de tragédia e luto para dar um tom mais pessoal e emocional ao filme, abordando como a morte pode ser absurda e inesperada.

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

Você não pode copiar o conteúdo desta página

GeraLinks - Agregador de linksTrends Tops - Trending topicsÀ toa na net