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Crítica: Furiosa – Uma Saga Mad Max | George Miller conseguiu… de novo

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furiosa

Assim como Clint Eastwood, Martin Scorsese, Spielberg e outros, George Miller continua fazendo história no cinema. No alto de seus 79 anos, nos mostra com Furiosa – Uma Saga Mad Max que é possível se reinventar ao longo do tempo. Enquanto a trilogia original estabelecia a franquia e dava para Mel Gibson a chance de nos apresentar um universo espetacular, em Estada da Fúria ele subiu um patamar, deixando boa parte dos filmes de ação que vieram antes e que viriam a seguir ‘comendo poeira’, com o perdão do trocadilho.

Ao saber do projeto para esse prequel, fiquei empolgado e, ao mesmo tempo, tenso. Ao chegar o primeiro trailer, senti que os efeitos especiais poderiam roubar algo tão presente nos anteriores: os efeitos práticos. Ontem, na pré-estreia em que o Kinoplex me convidou, notei que há certos takes onde é possível ver a computação gráfica – algo que não ocorreu no longa com Charlize Theron -, mas são pontuais. Além disso, não prejudica em quase nada a imersão.

Ao todo, são aproximadamente 150 minutos de duração que passam rápido. Isso se dá pela fluidez do roteiro, bem como pela adição de novos personagens e a revisita de outros. E antes de falar deles, é fundamental que Furiosa – Uma Saga Mad Max tenha saído em 2024, pois há cada vez mais problemas climáticos e cada vez menos distância entre esses mundos (o nosso e o de Mad Max).

Furiosa – Uma Saga Mad Max tem o elenco como a cereja do bolo

Enquanto a Furiosa de Anya Taylor-Joy tem uma introspecção e poucas falas – que quando chegam são como socos no estômago -, o Dementus de Chris Hemsworth é expansivo. Aliás, não só isso. O ator mostra, mais uma vez, que sabe atuar e traz consigo gestos exagerados e, por vezes, cômicos. Destaque importante também para Charlee Fraser, que dá tudo de si interpretando a mãe de Furiosa.

E não para por aí, pois vemos ‘rostos conhecidos’ como Immortan Joe e Rictus. Contudo, o roteiro nos ensina mais sobre rituais, sobre as interações naquele ambiente hostil e suas alianças e traições. Você irá perder o fôlego e ter a sensação de que está com poeira nos cabelos e nas roupas, tamanha verdade e paixão que Miller insere. Cinemão de verdade, que precisa ser visto na maior tela e com o melhor som possíveis.

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Furiosa - Uma Saga Mad Max

Onde assistir Furiosa – Uma Saga Mad Max?

  • O filme está em cartaz nos cinemas de todo país.

Sinopse de Furiosa – Uma Saga Mad Max

Após ser sequestrada do Vale Verde de Muitas Mães, enquanto os tiranos Dementus e Immortan Joe lutam por poder e controle, a jovem Furiosa terá que sobreviver a muitos desafios para encontrar e trilhar o caminho de volta para casa.

Nota Cinema e Pipoca: ★★★★

Título Original: Furiosa: A Mad Max Saga
Ano Lançamento: 2024 (Estados Unidos | Austrália)
Dir: George Miller

Elenco: Anya Taylor-Joy,Chris Hemsworth, Tom Burke, Alyla Browne, Lachy Hulme, Angus Sampson, Charlee Fraser

Confira outras resenhas AQUI!

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O Beijo do Dragão | Resenha | Vale a pena assistir?

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o beijo do dragao

De tempos em tempos eu venho reassistindo filmes que marcaram, de alguma forma, minha adolescência. E me lembro que adorava O Beijo do Dragão, assim como Romeu tem que Morrer (este segundo ainda não revi), que passavam na Tela de Sucessos do SBT de tempos em tempos. O fato é que, nesta época, Jet Li estava no seu auge em Hollywood, pois, além destes já citados, ainda entraria O Confronto (uma das tantas cópias de Matrix), Contra o Tempo, Cão de Briga (que é divertido) e Rogue – O Assassino, só para citar alguns.

O astro contracena com Bridget Fonda, num casting extremamente aleatório e quase sem nexo. Isso porque o roteiro, escrito a seis mãos por Jet Li, Luc Besson e Robert Mark Kamen, se passa na França e é uma salada indigesta com algumas boas coreografias de luta, ou seja, envelheceu tão mal quanto a carreira da atriz, que não faz nada desde 2002 – após seu casamento com Danny Elfman, resolveu se concentrar no cuidado de sua família.

Dirigido pelo desconhecido Chris Nahon, temos uma peneira como história, pois o casal se conhece num apartamento, onde há um crime e, depois, se reencontram quando ela, uma prostituta, pede para usar o banheiro da loja onde o personagem de Li está. Paris deve ser do tamanho de Monte Mor, interior de São Paulo, não é possível!

Porradaria, mortes e polícia idiota resume bem o que é O Beijo do Dragão

Há sequências bastante violentas, mas há também uma polícia que não faz a menor questão de salvar os civis – em uma sequência dentro de um túnel, o policial atira em todo mundo para tentar acertar nosso ‘herói’. Comparativamente, é interessante notar como o gênero da ação mudou em pouco tempo, pois aqui, Hollywood ainda era influenciada pelos heróis brucutus, das décadas de 1980 e 1990, contudo, um ano depois chegaria Identidade Bourne e tudo ficaria mais real e ‘pé no chão’.

O que resume bem O Beijo da Dragão é a luta de Jet Li contra os irmãos gêmeos dentro de uma espécie de escritório. Aquilo é o suprassumo da breguice – as mesas atrapalham a movimentação e a dinâmica de luta de um deles… a gente tem que rir mesmo. Enfim, essa é uma das tantas obras que merecem permanecer em nosso imaginário, pois é difícil de chegar até o final.

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O Beijo do Dragão
O Beijo do Dragão

Onde assistir O Beijo do Dragão?

Sinopse de O Beijo do Dragão:

Liu Jian, um agente secreto chinês em missão diplomática em Paris, vira alvo de uma armação sangrenta quando testemunha acidentalmente o assassinato de um político por policiais corruptos.

Nota: ★★

Título Original: Kiss of the Dragon
Ano Lançamento: 2001 (EUA | França)
Dir.: Chris Nahon
Elenco: Jet Li, Bridget Fonda, Tchéky Karyo, Ric Young, Burt Kwouk, Max Ryan

Curiosidades de O Beijo do Dragão

O Beijo do Dragão teve bilheteria de US$ 64,4 milhões e um orçamento de US$ 25 milhões.

O diretor Chris Nahon precisou desacelerar a luta entre Jet Li e Cyril Raffaelli porque eles se moviam rápido demais para a câmera capturar com clareza.

Cyril Raffaelli conseguia fazer a acrobacia de um salto mortal para trás com chute sem o uso de cabos.

O estilo de luta do filme foi inspirado em comentários de fãs no fórum oficial de Jet Li, pedindo combates mais realistas, como em Lutar ou Morrer (1994).

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Em uma cena com Max Ryan (Lupo), Jet Li o atacou sem o diretor dizer “corta” após o diálogo, e a reação assustada do ator foi tão real que foi mantida no filme.

A cena em que Jet Li é emboscado por policiais franceses acontece no mesmo túnel da Ponte de Alma, em Paris, onde a princesa Diana faleceu.

Apenas duas cenas usaram efeitos digitais: quando Jet Li cai no duto de lavanderia em chamas e quando ele chuta a bola de sinuca no hotel.

Durante entrevistas de divulgação, Bridget Fonda e Tchéky Karyo declararam estar impressionados com as habilidades de Jet Li nas cenas de luta.

Foram usados apenas 7 cabos para acrobacias em todo o filme.

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A tartaruga que Richard guarda na gaveta era, na verdade, o animal de estimação de um dos membros da equipe técnica.

A placa do táxi que leva Jet Li no início é “5080TAG4”, o que pode ser lido como “sabotage” – uma dica sobre o que está por vir.

Esse foi o primeiro filme dirigido por Chris Nahon.

Na ficha do orfanato, a filha de Jessica se chama “Isabel Kamen”. Isabel é o nome verdadeiro da atriz mirim (Isabelle Duhauvelle) e Kamen é o sobrenome do roteirista (Robert Mark Kamen).

Na cena com o Arco do Triunfo, as árvores aparecem sem folhas, mas nas cenas internas do táxi, elas têm folhas — indicando uso de imagens de arquivo.

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Burt Kwouk (tio Tai) atuou em três filmes de James Bond. Tchéky Karyo participou de GoldenEye (1995).

Em uma cena, Tchéky Karyo pergunta a Bridget Fonda se ela escapou pela janela, o que remete a La Femme Nikita, filme que ele estrelou, e ao remake americano Point of No Return, estrelado por Fonda.

A maioria das lutas foi realizada por Jet Li, sem substituição por dublês.

Antes do lançamento, o filme quase recebeu o nome de The Red Dragon, mas foi alterado para evitar confusão com outras produções.

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O Exorcista | Resenha | Vale a pena assistir?

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o exorcista topo

O Exorcista completou, em 2025, 52 anos de seu lançamento e, por conta do mês do Halloween, não tinha como não assisti-lo. Esse é um daqueles projetos que revejo de tempos em tempos e, ainda assim, consigo notar novos detalhes que enriquecem a história, os personagens e este universo tirado do livro de William Peter Blatty (que também assina o roteiro) e transposto impecavelmente por William Friedkin.

O tom soturno das locações, da fotografia e da psique de Regan e companhia, se deteriora mais e mais com o passar do tempo. A garota e Chris MacNeil (Linda Blair e Ellen Burstyn, respectivamente), vivem o luto da separação – uma é a filha que o pai, praticamente, abandonou e a outra é uma mãe que precisa fazer de tudo para dar o melhor para a menina, sendo uma estrela de Hollywood.

Portanto, este, assim como tantos outros terrores, tem camadas que vão além dos sustos e também pode ser considerado um drama potente. Numa outra linha narrativa, temos o padre Karras, vivido por Jason Miller, que está com a fé abalada e, mais para frente, o padre Merrin, na pele de Max von Sydow. O elenco é absurdo e genial!

Possessão, efeitos práticos e a criação de uma obra prima chamada O Exorcista

Muitos se lembram de Regan girando a cabeça sob o corpo ou fazendo um ato profano com o crucifixo. Mas essas mais de duas horas de projeção têm muito mais! E todos os pontos são necessários para construir o enredo e esse horror da possessão. Há ceticismo e descrença num primeiro momento. A ciência vem primeiro, para averiguar se havia doenças mentais e os próprios médicos têm dificuldades em dar este caminho do exorcismo.

E na hora dos efeitos práticos, tudo é feito com maestria pelo genial e maluco Friedkin, que chegou a extremos para tirar boas atuações – como na cena em que Burstyn é ‘arremessada’ e bate as costas na parede, aquilo não era atuação e ela, de fato, se lesionou seriamente.

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Quanto aos prêmios, recebeu indicações ao Oscar – foi o primeiro longa de terror a ser indicado a Melhor Filme, além de faturar Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Som. Esteve no BAFTA, na categoria de Melhor Som e faturou 4 estatuetas no Globo de Ouro: Melhor Filme – Drama, Diretor, Atriz Coadjuvante para Linda Blair e Roteiro.

Apesar das diversas lendas urbanas (9 pessoas que participaram do projeto morreram, seja por conta de quedas, doenças e assaltos), o que precisamos avaliar é que O Exorcista jamais seria produzido, nesses moldes, hoje em dia. Estávamos em uma Hollywood onde os idealizadores tinham a última palavra e não os estúdios. Sorte a nossa em colocarmos as mãos nessa obra prima inesquecível e atemporal.

O Exorcista
O Exorcista

Onde assistir O Exorcista?

Sinopse de O Exorcista:

No início, vemos um padre no Iraque, desenterrando algo no meio da areia. Nos Estados Unidos, uma atriz percebe mudanças no comportamento da filha. Diversos exames são feitos, mas os diagnósticos nunca são precisos, até que numa noite, a cama de Regan começa balançar sozinha e outros móveis saem do lugar. Daí a descobrirem a inevitável possessão é questão de minutos e um padre é chamado e aceita fazer o exorcismo da menina.

Nota: ★★★★★

Título Original: The Exorcist
Ano Lançamento: 1973 (EUA)
Dir.: William Friedkin
Elenco: Max von Sydow, Jason Miller, Ellen Burstyn, Linda Blair, Lee J. Cob,William O´Malley

Curiosidades de O Exorcista

  1. O ator Jason Miller, que interpretou o Padre Karras, teve uma discussão acalorada com o diretor. Isso porque Friedkin teria disparado uma arma perto de seu ouvido para obter uma reação autêntica.
  2. No primeiro dia de ensaio da sequência do exorcismo, a maneira como Linda Blair proferia o diálogo obsceno perturbou tanto Max von Sydow, intérprete do Padre Merrin, que ele chegou a esquecer suas falas.
  3. Devido às ameaças de morte contra Linda Blair por fanáticos religiosos que acreditavam que o filme “glorificava Satanás”, a Warner Bros. manteve guarda-costas protegendo-a por seis meses após o lançamento do filme.
  4. A voz do demônio foi feita por Mercedes McCambridge. Ela insistiu em engolir ovos crus e fumar compulsivamente para alterar suas vocalizações. Além disso, queria beber uísque para distorcer a voz, mas como estava abandonando a sobriedade, exigiu que seu padre estivesse presente para aconselhá-la durante o processo de gravação. A pedido de Friedkin, ela também foi amarrada a uma cadeira com pedaços de um lençol rasgado para obter um som mais realista do demônio lutando contra as restrições.
  5. A atriz Ellen Burstyn, que fez Chris MacNeil, sofreu uma lesão permanente na coluna durante as filmagens da cena em que é atirada ao chão pela filha possuída, fraturando o cóccix.
  6. O vômito que Regan atira em Padre Karras é, na verdade, sopa grossa de ervilha.
  7. O set do quarto de Regan era resfriado com quatro aparelhos de ar condicionado, e as temperaturas chegavam a ficar em -1°C. Estava tão frio que a transpiração congelava em alguns membros do elenco e da equipe.
  8. Para fazer Max von Sydow parecer muito mais velho do que seus 44 anos na época, o maquiador Dick Smith aplicava látex líquido e, ao secar, esticava a pele do ator. Este procedimento de maquiagem durava três horas diariamente e causava grande desconforto no ator.
  9. O local da escavação arqueológica visto no início do filme é o sítio real da antiga Nínive, em Hatra, Iraque. Friedkin teve que levar uma equipe totalmente britânica, pois os EUA não tinham relações diplomáticas com o Iraque na época.
  10. Mercedes McCambridge teve que processar a Warner Bros. para receber crédito como a voz do demônio. Friedkin disse que ela originalmente não queria crédito, afirmando que desejava que o público acreditasse que a voz era de Regan, mas mudou de ideia após o lançamento.
  11. O teaser trailer original, que consistia quase apenas em imagens do demônio de rosto branco piscando rapidamente na escuridão, foi banido em muitos cinemas por ser considerado “muito assustador”.
  1. A contorcionista Ann Miles foi contratada para realizar a famosa cena da “caminhada de aranha” na escada. Friedkin a excluiu antes do lançamento de 1973 por achar que era “demais” e porque era difícil esconder os fios na época. Ele a adicionou de volta na versão estendida de 2000, com os fios removidos digitalmente.
  2. Vasiliki Maliaros (a mãe de Padre Karras) nunca havia atuado em um filme antes. Ela foi descoberta em um restaurante grego. Friedkin e o autor William Peter Blatty acharam que ela se parecia muito com a mãe de ambos.
  3. O estúdio queria Marlon Brando para o papel de Padre Karras ou Padre Merrin, mas o diretor vetou, alegando que com Brando o filme se tornaria um “filme de Brando”.
  4. Jack Nicholson também foi cotado para o papel de Padre Karras. Contudo, Friedkin achou que Nicholson era muito “não-santo” para interpretar um padre.
  5. Linda Blair recebeu sua indicação ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante antes que se soubesse amplamente que Mercedes McCambridge havia fornecido a voz do demônio. A controvérsia sobre Blair receber crédito pelo trabalho de outra atriz prejudicou suas chances de ganhar o prêmio.
  6. Em seu lançamento inicial, O Exorcista afetou o público de forma tão intensa que, em muitos cinemas, paramédicos foram chamados para atender pessoas que desmaiaram e outras que entraram em histeria.
  7. Paul Bateson, que participa de uma cena onde um cateter é inserido na garganta de Regan, era um técnico de raio-x do NYU Medical Center. Em 1979, ele foi condenado pelo assassinato de um crítico de cinema e foi um suspeito nos chamados “assassinatos da sacola”.
  8. A cena em que o Padre Merrin sai do táxi e para em frente à residência MacNeil banhado em um brilho misterioso foi inspirada na série de pinturas “O Império das Luzes” (L’Empire des lumières) de René Magritte.
  9. De acordo com o autor William Peter Blatty, a Warner Bros. queria mudar o título do filme depois de uma pesquisa que constatou que nenhum dos participantes sabia o que era um exorcista.
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Tron – Ares | Resenha | Vale a pena assistir?

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Tron - Ares

Tron – Ares, o terceiro capítulo da franquia iniciada em 1982, surge como uma continuação que poucos clamavam, mas que, ainda assim, promete atualizar a mitologia digital de seu universo para uma nova era. Dirigido por Joachim Rønning (Kon-Tiki e Malévola – Dona do Mal), tenta encontrar um equilíbrio entre nostalgia, espetáculo visual e discussões contemporâneas sobre inteligência artificial — mas se perde entre ideias genéricas e um roteiro superficial.

Desde Tron, que foi inovador ao introduzir conceitos digitais e computação gráfica numa era onde isso era pouco usual, passando por Tron – O Legado (2010), que elevou esse aspecto ao som de Daft Punk e uma estética eletrônica deslumbrante, tudo era uma grande ode a este universo. Agora, em Tron – Ares a proposta é expandi-lo: pela primeira vez, os programas — ou inteligências artificiais — saem do mundo digital para o mundo real.

Os prós: visual, trilha e Jared Leto em Tron – Ares

Não há como negar: o filme é bonito de ver. A fotografia noturna, contrasta as luzes néon em tons laranja com sombras densas e cria uma ambientação elegante e coerente com os filmes anteriores. A estética do universo digital permanece como um dos principais atrativos da franquia, e aqui ela é levada a outro patamar com efeitos visuais mais refinados e cenas de ação impactantes — especialmente aquelas envolvendo as já icônicas motos de luz.

A trilha sonora, desta vez comandada por Trent Reznor e Atticus Ross (vencedores do Oscar por A Rede Social), é outro ponto alto. Embora não alcance o impacto quase mítico da trilha de O Legado, composta pelo Daft Punk, a dupla entrega composições com batidas pesadas – me senti dentro de uma have.

Nas atuações, Jared Leto se destaca como Ares, o programa que cruza para o mundo real em busca de longevidade e propósito. Embora suas atuações por vezes dividam o público, aqui ele encontra um bom equilíbrio entre intensidade e estranheza, dando ao personagem uma presença enigmática e quase espiritual. Jodie Turner-Smith também oferece uma performance sólida, trazendo força e sutileza em suas interações com Leto.

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Os contras: roteiro vazio e personagens desperdiçados

Apesar dos pontos positivos, o roteiro é raso, previsível e parece escrito por inteligência artificial — sem trocadilhos. Há boas ideias jogadas aqui e ali, como a discussão sobre ética em IA, o surgimento da consciência digital ou o valor da vida humana diante de entidades programadas, mas nada disso é desenvolvido com a devida profundidade. Tudo soa genérico, como se o filme tivesse medo de se comprometer com qualquer reflexão mais complexa.

O resultado é que não há grandes reviravoltas, surpresas ou sequer um senso de urgência genuína. Sabemos exatamente para onde tudo vai desde os primeiros minutos.

O elenco de apoio, que inclui nomes como Evan Peters, Gillian Anderson, Cameron Monaghan e Sarah Desjardins (Yellowjackets), é subutilizado. Peters, que já mostrou carisma e versatilidade em produções como X-Men – Dias de um Futuro Esquecido, aparece aqui como um vilãozinho afetado e sem ameaças reais. Gillian Anderson (Arquivo X) é relegada a uma figura burocrática. Cameron Monaghan e Desjardins mal têm tempo de tela o suficiente para justificar sua presença.

Essa falta de desenvolvimento prejudica diretamente o envolvimento do espectador. Não sentimos medo pela vida dos personagens, não nos importamos com suas perdas ou conquistas. Há uma ausência geral de emoção, como se tudo estivesse sendo conduzido no “modo automático”, ironicamente apropriado para um filme sobre inteligências artificiais.

Entre o passado e o futuro (mas sem alma)

Há momentos de nostalgia, mas até eles soam um pouco forçados. São piscadelas (até Jeff Bridges dá as caras) que não se conectam com o enredo de forma orgânica, apenas fazem lembrar que, em algum momento, esse universo foi mais fascinante e inovador do que é agora.

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Tron – Ares termina com um gancho para uma sequência, mas deixa a sensação incômoda de que estamos assistindo a um ciclo que se repete, como um looping eterno. A franquia parece mais interessada em manter-se viva por inércia do que por alguma necessidade narrativa.

Principais lançamentos no cinema em outubro de 2025
Tron – Ares

Onde assistir Tron – Ares?

Sinopse de Tron – Ares

Diversas ameaças que estavam no mundo digital atravessam as barreiras e chegam para o mundo ‘real’. Portanto, Ares, um programa de computador, quebra completamente a distinção entre o real e digital e começa a se perguntar e a pensar ‘fora da caixa’. 

Nota: ★★★

Título Original: TRON: Ares
Ano Lançamento: 2025 (EUA)
Dir.: Joachim Rønning
Elenco: Jared Leto, Greta Lee, Evan Peters, Jeff Bridges, Cameron Monaghan, Sarah Desjardins, Gillian Anderson, Jodie Turner-Smith

Curiosidades de Tron – Ares

  • O filme foi orçado em US$ 180 milhões
  • Em 29 de abril de 2024, a Disney anunciou oficialmente o retorno de Jeff Bridges, tornando-o o único ator a participar dos três filmes da franquia.
  • Durante toda a gravação de Tron – Ares, Jared Leto permaneceu em personagem como Ares. Ele não falava com ninguém, a menos que fosse necessário, e exigia que todos o chamassem de “Ares”.
  • Jeff Bridges foi o único que ignorou a exigência de Leto. Segundo ele, como seu personagem Kevin Flynn é o criador da Grade (Grid), ele está acima de Ares e pode chamá-lo como quiser.
  • Tron – Ares é o primeiro filme da série sem a presença de Bruce Boxleitner como TRON/Alan Bradley.
  • Tron – Ares é o primeiro filme da franquia com classificação PG-13. Os dois anteriores eram classificados como PG.
  • A Disney pediu que os compositores Trent Reznor e Atticus Ross fossem creditados como Nine Inch Nails na trilha sonora.
  • A nova classificação PG-13 reflete um tom mais sombrio e maduro para Tron – Ares, em comparação com os anteriores, que tinham um apelo mais leve e familiar.
  • A ausência de Alan Bradley pode indicar uma mudança significativa na narrativa, com novos personagens dominando o mundo digital da Grade.
  • Apesar das mudanças no elenco e tom, o retorno de Jeff Bridges e a presença de Jared Leto como vilão geraram grande expectativa entre os fãs antigos e novos.
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