Sully – O Herói do Rio Hudson e a bela interpretação de Tom Hanks

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Clint Eastwood, no alto dos seus 86 anos, ainda continua na ativa em Hollywood como um dos diretores mais versáteis, e é por conta disso que passeia por diversos temas e gêneros sem medo. É verdade que às vezes ele escorrega, como em ‘Além da Vida’ ou mesmo neste Sully – O Herói do Rio Hudson, que ganha força somente pela interpretação de Tom Hanks.

A qualidade na edição e mixagem de som é louvável e notamos isso no momento do acidente, onde cada o espectador ficará atordoado com a profusão de barulhos e gritos desesperados dos passageiros, mesmo com isso e com determinadas sequências em que o drama funciona, os personagens parecem sempre deslocados e distantes da realidade, sendo difícil se importar com eles – as idas e vindas no tempo também cansam.

A NTSB é a grande vilã e o roteiro de Todd Komarnicki não esconde isso de ninguém e ao chegarmos no julgamento (onde as chances do piloto e copiloto saírem sem condenação eram quase nulas), quando Eastwood poderia usar toda sua experiência a favor da trama, vemos uma caricatura dos advogados tentando incriminá-los.

Sully
Foto: Poster do filme

Quando o vôo US Airways 1549 perde seus motores, o Capitão Sullenberger consegue pousá-lo no Rio Hudson, salvando 155 passageiros e ele se transforma em celebridade da noite para o dia. Mesmo assim, advogados tentarão provar que houve erro humano e não mecânico.

Atores de renome como Laura Linney, Aaron Eckhart, Brett Rice e Anna Gunn seriam dispensáveis, mas o importante é que o corte final de apenas 96 minutos é correto, conseguindo dar seu recado, mesmo assim, Sully – O Herói do Rio Hudson se perderá dentre tantos outros títulos melhores no decorrer dos anos.

Título Original: Sully
Ano Lançamento: 2016 (Estados Unidos)
Dir: Clint Eastwood
Elenco: Tom Hanks, Aaron Eckhart, Laura Linney, Anna Gunn, Autumn Reeser, Holt McCallany, Max Adler

ORÇAMENTO: 60 Milhões de Dólares
NOTA: 6,0

Por Éder de Oliveira

Indicações ao Oscar: Melhor Edição de Som

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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