Num primeiro momento, ‘9 – A Salvação’ parecia uma chance interessante de mesclar uma visão pós-apocalíptica (vista em ‘Wall–E’, por exemplo), com personagens inteligentes e interessantes. Os 15 minutos iniciais empolgam e dão ao espectador um motivo para acreditar numa obra de alto nível.
Ledo engano, pois após isso, o diretor e roteirista Shane Acker se entrega aos prazeres e às luxúrias dos clichês e mecaniza todo e qualquer tipo de mensagens bacanas – lê-se humanitárias – que poderíamos ver. O personagem principal é a representação do herói desacreditado por todos, que aos poucos ganha a confiança dos companheiros. No meio deste tortuoso caminho há espaço para romances desinteressantes e algumas piadinhas fracas.
9 é um boneco de pano e acorda num mundo pós-apocalíptico, onde a raça humana foi dizimada pelas máquinas. Encontra outros como ele (como o chefe rabugento 1 e a aventureira 7) e, sem querer, reativa um destes furiosos e ameaçadores seres robóticos. Agora terão a difícil tarefa de destruí-lo, antes de serem mortos pela criatura.
A preocupação nos detalhes é impressionante, as ambientações criam um clima todo sombrio e melancólico e apesar de entrar no contexto das animações adultas, deixa vácuos tremendos e ao final, acaba transformando-se numa obra com ótimas intenções, mas finalizada de maneira um tanto rasa. Talvez com um ‘dedo’ criativo de John Lasseter, ‘9 – A Salvação’ sairia do marasmo e subiria tão longe quanto ‘Wall-E’ subiu.
ORÇAMENTO: 33 Milhões de Dólares
4 Comments