Sempre que um filme muito interessante ganha uma continuação, eu fico com aquele medo de alguma coisa dar errado. E nas animações aconteceu isso com Toy Story, Os Incríveis, Procurando Nemo e agora este WiFi Ralph: Quebrando a Internet, sequência de Detona Ralph. Mas ao contrário dos outros títulos citados, este último fica devendo e muito.
Primeiro porque se Vanellope já era bem irritante, multiplique pela enésima potência e terá a noção da dificuldade que é passar quase duas horas “ao seu lado”, depois pelo fato de que há várias coisas deixadas de lado e não digo só em relação aos personagens (que surgem e depois são esquecidos), mas a tal peça que era extremamente necessária para o não desligamento do game Sugar Rush fica em segundo plano, assim como a lógica criada anteriormente, pois Ralph passa vários dias fora do seu jogo, algo que jamais poderia ocorrer em Detona Ralph, pois o jogo seria desligado.
Mas calma, existem coisas boas também, como a criação da internet como espaço físico. É um lugar incrível e a agilidade que no mundo digital é inserida no roteiro de WiFi Ralph: Quebrando a Internet com muita destreza. Preste atenção no site de buscas, na dark web e também nos pop-up e bloqueadores de pop-up.
Uma profusão de marcas como E-Bay, Google, Twitter, Amazon, Pinterest e tantas outras aparecem e deixam o universo ainda mais completo, assim como a paleta de cores muito chamativa e de encher os olhos.
Então, num balanço geral, com roteiro bem parecido com o anterior, diálogos dramáticos fraquinhos e um ou outro respiro de inspiração (como na cena das princesas), WiFi Ralph: Quebrando a Internet é uma das grandes derrapadas dos últimos tempos da Disney.
Sinopse de WiFi Ralph: Quebrando a Internet
Quando o fliperama do jogo Sugar Race quebra e há o risco de desligá-lo, Ralph e Vanellope fazem uma viagem para a internet, para tentarem encontrar meios de arrumarem o vídeo game, mas neste novo universo, tudo pode acontecer.
Título Original: Ralph Breaks the Internet
Ano Lançamento: 2018 (Estados Unidos)
Dir: Rich Moore e Phil Johnston
Vozes: John C. Reilly, Sarah Silverman, Gal Gadot,
Taraji P. Henson, Jack McBrayer, Jane Lynch, Alan Tudyk
ORÇAMENTO: 175 Milhões de Dólares
NOTA: 5,0