Trovão Tropical: a melhor comédia do ano

Trovão Tropical

É interessante ver comediantes dispostos a levar acidez e perspicácia aos cinemas. Foi assim em Borat, Chumbo Grosso e neste Trovão Tropical, muito bem dirigido por Ben Stiller (mesclando acertos como este e desastres como Com a Bola Toda).

Vemos uma crítica intensa ao universo cinematográfico em diversas situações, como quando a guerra de egos dos atores durante as filmagens se torna insuportável ou mesmo na presença de produtores inescrupulosos, que visam apenas lucro. As tendências ultrapassadas continuam escancaradas para todo cinéfilo ver, tanto em frases clichês (“Não sinto mais minhas pernas !”), quanto na obviedade da Academia em indicar e premiar produções com as mesmas características artísticas.

Há uma junção de todas os astros: Stiller é o estereótipo de Stallone, preso em franquias antigas, Jack Black (King Kong) faz às vezes de Eddie Murphy e Martin Lawrence, comediantes esquecidos pelo público e Robert Downey Jr. (Homem de Ferro), premiado 5 vezes com o Oscar, se achando o melhor de todos os tempos. Este último, aliás, ganha o melhor personagem (ator branco que faz pigmentação no rosto para ‘ficar’ negro – o blackface que víamos nos primórdios), com diálogos geniais.

Mais sobre Trovão Topical

No roteiro, escrito a seis mãos (Justin Theroux, Stiller e Ethan Coen), estrelas da sétima arte protagonizam um épico sobre guerra. As coisas se complicam quando o diretor se irrita com os “momentos de estrelismo” deles e os leva ao campo de batalha real.

Participações especiais de Tobey Maguire (no sensacional início), Matthew McConaughey (Como Perder um Homem em Dez Dias), Nick Nolte (Hotel Huanda) e Tom Cruise (O Último Samurai), propositadamente exagerado e se divertindo horrores. Talvez a melhor comédia do ano, vale cada segundo.

NOTA: 9,0
ORÇAMENTO: 92 Milhões de Dólares

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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