SEMANA ALFRED HITCHCOCK
‘Topázio’ foi o antepenúltimo filme de Alfred Hitchcock, lançado em 1969, e ao contrário de tantos outros títulos é um projeto pouco lembrado, principalmente porque conta com um corte final extremamente cansativo de 143 minutos e um desfecho corrido e sem pé nem cabeça.
Saindo do terreno comum e montando uma espécie de ‘James Bond da vida real’, ou seja, sem as parafernalhas e grandiloquências do famoso personagem, Hitch pega o roteiro de Leon Uris e Samuel A. Taylor, que fala sobre a Guerra Fria e o medo e desconfiança constantes dos americanos para com os países que eram aliados à União Soviética e eleva a enésima potência das teorias conspiratórias (dá a entender que, mesmo ainda sendo um diretor acima da média, já estava com a idade avançada e o cansaço batendo à porta).
A inserção de imagens reais de Che Guevara e Fidel Castro em Cuba até criam empatia, assim como uma ou outra cena de ação, mas é algo bastante pontual num projeto tão oscilante quanto este. Existe uma morte em questão que deveria ser trabalhada com todo o cuidado, pois há um significado forte presente ali, porém o diretor perde uma grande oportunidade de deixa-la marcante e emocionante.
Quando o governo desconfia que há mísseis russos escondidos em Cuba, eles colocam André Devereaux para se infiltrar no terreno inimigo. No meio disso, ainda deverá descobrir que é o espião Topázio e salvar sua pele, antes que descubram seu disfarce.
Diferentemente de James Stewart ou Anthony Perkins, Frederick Stafford é um ator que não consegue segurar o filme com naturalidade, portanto, caso tivesse mais expressividade e talento, isso ajudaria na empatia com o público. ‘Topázio’ merece ser visto a título de curiosidade e só.
Título Original: Topaz
Ano Lançamento: 1969 (Estados Unidos)
Dir: Alfred Hitchcock
Elenco: Frederick Stafford, Claude Jade, Dany Robin, Donald Randolph, George Skaff, Karin Dor
ORÇAMENTO: —
NOTA: 5,0
Por Éder de Oliveira
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