A Tartaruga Vermelha é singelo e poético

a tartaruga vermelha topo

Dos cinco filmes que estão concorrendo ao Oscar de Melhor Animação assisti quatro e posso pontuar duas coisas: a primeira é que ‘Zootopia’ será o grande vencedor e a segunda é que A Tartaruga Vermelha é a mais sensível dentre elas e, talvez, se o mundo fosse realmente justo, teria tudo para sair com o dourado careca na noite do dia 26 de fevereiro.

Esta coprodução francesa, belga e japonesa (os estúdios Ghibli estão envolvidos) tem um sem número de camadas em seu texto e mesmo que seus personagens não falem nenhuma palavra no decorrer dos 80 minutos, suas atitudes e expressões deixam tudo claro e explicitam referências como a solidão, as pequenas vitórias e frustrações da vida e as bíblicas (Adão e Eva e o jardim do Éden).

Se no primeiro ato o homem tenta de tudo para sair da ilha, ao encontrar o amor, faz daquele ambiente sua casa e entrega-se a este desconhecido sentimento – a rotina ao ‘casar-se’ e ao terem o filho, modifica a estrutura do roteiro e isso é um achado e tanto. Metaforicamente, a ilha é o universo dele, onde apenas pessoas que julga necessária para sua existência consigam entrar.

A Tartaruga Vermelha
Foto: Poster do filme

A embarcação de um homem naufraga e ele se vê isolado numa ilha e deverá se adaptar para não morrer. Quando consegue construir uma jangada para escapar do local, percebe que não conseguirá por um pequeno detalhe: uma tartaruga vermelha mudará sua percepção sobre a tudo.

Os traços utilizados e a movimentação dos personagens (fique atento com a magnifica dança que o casal faz no fundo do mar) impressionam pela fluidez. Talvez ‘A Tartaruga Vermelha’ seja o resumo mais perfeito sobre o que é a vida e, com isso, passa a ser um programa obrigatório a todo cinéfilo que se preze. A cada nova revisada, novos detalhes irão se agregar! Que filme mágico.

Título Original: La Tortue Rouge
Ano Lançamento: 2017 (Japão, França, Bélgica)
Dir: Michael Dudok de Wit

ORÇAMENTO: —
NOTA: 8,5

Por Éder de Oliveira

Indicações ao Oscar: Melhor Animação

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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