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Tantas, Tantas Eram as Alegrias: Infância de George Orwell

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tantas tantas eram as alegrias

Os acontecimentos, dilemas, frustrações e violências responsáveis por moldar os posicionamentos e crenças políticas de George Orwell, autor de clássicos da literatura como 1984 e A Revolução dos Bichos, ganham evidência com o lançamento da Graphic Novel Tantas, Tantas Eram as Alegrias, pelo selo Minotauro da editora Almedina Brasil.

Adaptada de um ensaio autobiográfico, a obra cobre o período da infância de Orwell. Além disso, escancara os desafios enfrentados pelo autor em um internato para filhos de cidadãos da alta classe da sociedade inglesa.

Inspirações da graphic novel

Inspirado em The Echoing Green, canção do poeta William Blake, o título do livro tem apelo irônico. Ou seja, uma vez que as memórias apresentadas podem provocar no leitor sentimentos como indignação, fúria e revolta, mas pouca ou nenhuma alegria. Ambientadas em um período anterior e durante a 1ª Grande Guerra Mundial, as passagens narradas oferecem um vislumbre das contradições entre as visões de mundo de ricos, bem como de pobres. Além disso, expõem os desconfortos causados pelos conflitos de classe que perduram até hoje.

O texto de Orwell foi adaptado para o formato de Graphic Novel pelo multipremiado escritor de quadrinhos Sean Michael Wilson, autor de mais de 40 livros e coautor de Parecomic. Ao mesmo tempo, prefaciado pelo linguista norte-americano Noam Chomsky. Já as ilustrações ganharam vida pelas mãos de Jaime Huxtable, cartunista e ilustrador inglês que tem entre seus trabalhos G Bear & Jammo e Makers of Monsters.

capa Tantas tantas eram as alegrias

Em Tantas, Tantas Eram as Alegrias, a violência dos professores e o constrangimento a que Orwell era diariamente submetido saltam das páginas. Enfim, a imagem desse mundo cruel visto pelos olhos inocentes de uma criança se justapõe às reflexões da maturidade sobre o que esse tipo de escolarização diz da sociedade em que vivemos e apresenta as raízes das críticas ao poder e à autoridade tão presentes em suas obras atemporais.

Ficha técnica Tantas, Tantas Eram as Alegrias

Livro: Tantas, Tantas Eram as Alegrias – Graphic Novel
Autor: George Orwell, adaptado por Sean Michael Wilson e ilustrado por Jaime Huxtable
Editora: Almedina Brasil, selo Minotauro
Páginas: 112
Preço: R$ 59,00
Onde encontrar: Almedina Brasil | Amazon

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Espíritos Vadios – Fogo na Fornalha | HQs & livros

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espiritos vadios

No livro Espíritos Vadios – Fogo na Fornalha, André Luiz Nakamura e publicado pelo Clube de Autores, continua a saga que transforma a Paraíba em um campo de batalha onde a disputa por poder ultrapassa os limites da moralidade e da lei. A obra revela os bastidores de uma engrenagem repleta de traições, emboscadas e conspirações, com diálogos marcantes e personagens que oscilam entre o trágico e o cômico, trazendo uma narrativa intensa e multifacetada.

Sinopse de Espíritos Vadios – Fogo na Fornalha

Neste cenário, enquanto a polícia e o Ministério Público preparam uma grande ofensiva contra décadas de corrupção, empresários, políticos e facções criminosas travam uma disputa feroz em Campo das Brisas e regiões próximas. Com aliados que podem se tornar inimigos em poucas horas, o leitor é levado por reviravoltas que mostram como a sobrevivência é privilégio daqueles que possuem astúcia e frieza.

Em um trecho marcante, o capanga recorda a mensagem ameaçadora deixada em seu telefone, que revela a extensão cruel das chantagens e das ameaças, capazes de atingir até mesmo os herdeiros dos alvos. A tensão cresce quando Régis, pressentindo o perigo, encontra-se encurralado por homens perigosos, evidenciando o clima de constante ameaça e violência que permeia a trama.

Espíritos Vadios – Fogo na Fornalha
Espíritos Vadios – Fogo na Fornalha

Sequência de Antros de Raposa

Espíritos Vadios – Fogo na Fornalha é a sequência de Antros de Raposas, onde a morte de dois coronéis da região desencadeia o colapso das alianças e abre caminho para sangrentas disputas de poder. A narrativa aprofunda dramas pessoais e coletivos, combinando ironia ácida, crítica social e suspense político. Segundo o autor, a obra destaca os limites da moralidade humana, mostrando que todos somos, em diferentes momentos, heróis e vilões, atravessando uma linha tênue entre justiça e vingança.

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Livro O Morro dos Ventos Uivantes: nova edição lançada no Brasil

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CAPA O Morro dos Ventos Uivantes 1

O livro O Morro dos Ventos Uivantes, único romance da escritora inglesa Emily Brontë, é uma obra que segue emocionando leitores, quase dois séculos após sua publicação. Agora, esse clássico ganha uma nova e sofisticada edição pela Via Leitura, selo do Grupo Editorial Edipro, que celebra a força dessa narrativa com um projeto gráfico primoroso: capa dura e arte que remete à pintura, capturando a atmosfera sombria e poética do livro.

Nova edição do livro O Morro dos Ventos Uivantes

Com tradução de Alexandre Barbosa de Souza, a nova edição chega às livrarias como parte das homenagens a esse legado literário de impacto duradouro. Lançado originalmente em 1847, o romance causou escândalo na sociedade vitoriana ao retratar amores obsessivos, ressentimentos profundos e personagens marcantes, movidos por paixões incontroláveis.

Heathcliff e Catherine, protagonistas da trama, permanecem entre os casais mais intensos e enigmáticos da literatura mundial, conduzindo o leitor por uma narrativa carregada de emoção, dor e desejo.

Livro O Morro dos Ventos Uivantes
Livro O Morro dos Ventos Uivantes

Livro O Morro dos Ventos Uivantes: uma obra atemporal

Ao longo dos anos, a obra de Emily Brontë se consolidou como um marco da literatura universal, admirada por sua ambientação sombria e linguagem poderosa. A descrição vívida da natureza e o tom quase gótico do enredo ajudam a construir uma história que mistura tragédia, romance e elementos sobrenaturais.

Um trecho emblemático do livro evoca essa atmosfera: “Naquela colina erma, a terra era dura, com uma crosta negra congelada, e o ar me fez tremer o corpo inteiro…” – uma amostra do poder imagético da escrita de Brontë.

Mais atual do que nunca, O Morro dos Ventos Uivantes segue inspirando adaptações para cinema, teatro e televisão. Uma nova versão cinematográfica, estrelada por Margot Robbie e prevista para 2026, promete reacender o interesse por esse clássico visceral.

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A edição da Via Leitura não apenas homenageia a obra original com cuidado gráfico e editorial, mas também convida uma nova geração de leitores a conhecer — ou revisitar — essa história de amor e vingança que continua a ecoar como o vento sobre os morros.

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República Popular de Terranova | HQ e livros

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republica popular terranova topo

Em um futuro tecnocrático e sufocante, a República Popular de Terranova é apresentada como um modelo de eficiência e inovação. Com vias aéreas, nanorrobôs e portais interdimensionais, a sociedade criada por Felipe Kato no livro em questão, parece ter alcançado o ápice do progresso.

Mas por trás da fachada brilhante, esconde-se um sistema brutal de controle, manipulação e cobrança absurda de tributos, onde até a atmosfera precisa de uma redoma para não matar seus cidadãos — e a verdade é cuidadosamente censurada.

Sinopse de República Popular de Terranova

O protagonista Thomas K., jornalista de um dos últimos veículos independentes do ano 3084, vê sua vida virar do avesso ao receber uma cobrança bilionária sem qualquer explicação. Ao tentar resolver o absurdo, descobre um sistema podre por dentro — e acaba sendo preso em um centro de reeducação para dissidentes.

Paralelamente, sua filha Susana se envolve com um grupo revolucionário clandestino, mas é capturada e transformada em uma ciborgue a serviço do governo, tornando-se uma arma da repressão que ela própria tentava combater.

República Popular de Terranova
República Popular de Terranova

Quem é Felipe Kato, autor de República Popular de Terranova

Entre reviravoltas, perseguições e diálogos perturbadores, a obra escancara uma realidade distorcida que não está tão distante da nossa. Com humor ácido, crítica social e um cenário cyberpunk eletrizante, o autor costura uma distopia inquietante — e dolorosamente familiar.

Advogado tributarista na vida real, Felipe Kato se inspira em elementos da cultura geek para criar uma ficção que provoca e diverte. “Uso os impostos como símbolo de controle total, inclusive sobre como as pessoas pensam e vivem”, explica. Em República Popular de Terranova, lançado pela Clube de Autores, o exagero serve para escancarar o real: um governo que cobra tudo, até a liberdade. E uma população que, pouco a pouco, se acostuma com a servidão.

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