A Quinta Onda não se sustenta como aventura teen

Já não aguento mais esta onda (com o perdão do trocadilho) de projetos teen que aproveitam o sucesso de Jogos Vorazes e tentam tirar uma lasquinha. Não me incomodaria se estes genéricos fossem tão bons e relevantes quanto a aventura de Katness, mas Divergente só serve para provar o quanto Shailene Woodley é ruim e Maze Runner não se sustenta. Mas A Quinta Onda é pior que todos estes juntos.

A primeira meia hora do filme pode não ter inovação nenhuma, mas ao menos se sustenta como um suspense razoável e cenas de desastres divertidas. Passou disso, nada mais vale a pena. Nem Chloe Moretz, uma atriz bastante talentosa desta nova geração, se salva do desastre total e o triângulo amoroso criado aqui é anti climático e tão vergonhoso quanto aquele visto num certo filme de vampiros e lobos.

Com uma hora de antecedência do final, o espectador já entenderá todas as ‘surpresas’ que virão pela frente, até porque o diretor J. Blakeson (que tem no currículo o roteiro de Abismo do Medo 2) destroça qualquer possibilidade de um argumento um pouco mais palpável, tratando o espectador como mero idiota.

Garotos sarados tirando a camisa, Chloe Moretz mordendo o lábio a cada cinco segundos, o exército americano enfiando a velha tática do militarismo goela abaixo nos jovens e Liev Schreiber mais perdido que cego em tiroteio, completam este amontoado banal de clichês, com direito a um gancho para uma continuação que deverá, infelizmente, chegar em breve.

Sinopse de A Quinta Onda:

Após uma série de ataques alienígenas quase eliminar a população do planeta Terra, Cassie Sullivan vê seu mundo desmoronar quando seu irmão é sequestrado por desconhecidos. Agora, terá que sair à procura dele e ainda descobrir em quem poderá confiar.

Título Original: The 5th Wave
Ano Lançamento: 2016 (Estados Unidos)
Dir: J. Blakeson
Elenco: Chloë Grace Moretz, Nick Robinson, Ron Livingston, Maggie Siff, Alex Roe, Maria Bello, Maika Monroe, Liev Schreiber

ORÇAMENTO: 38 Milhões de Dólares
NOTA: 2,0