A Era de Ouro dos musicais nos cinema começa após a Segunda Guerra Mundial e vai até os primeiros anos da década de 1960. Na França, foram produzidos diversos musicais e Jacques Demy foi um dos diretores que se destacaram. Com seu “Os Guarda-Chuvas do Amor”, o diretor traz como protagonista Catherine Deneuve em seu quarto filme.
Vamos ao filme: Guy Foucher (Nino Castelnuovo) é um jovem de 20 anos que foi criado pela madrinha e trabalha como mecânico de carros. Ele é apaixonado por Geneviève Emery (Catherine Deneuve), uma adolescente de 17 anos que ajuda sua mãe viúva no negócio da família: uma loja de guarda-chuvas, que é elegante mas pouco lucrativa.
Ela também o ama, mas sua mãe não vê como Guy pode manter uma família. Ele é convocado para o serviço militar, e no lapso da paixão, Geneviève se entrega a Guy e engravida.
Pensando no futuro da criança e em ajudar sua mãe, cuja loja passa por dificuldades, a jovem aceita a proposta de casamento de Roland Cassard (Marc Michel), comerciante de joias, apaixonado por Geneviève desde a primeira vez que a viu, e ele propõe criar o bebê como se fosse seu.
Ao terminar o serviço militar, Guy retorna à Cherbourg, onde se sente perdido ao saber que sua amada encontra-se casada e já não mora mais na cidade. Quando sua tia Élise (Mireille Perrey) morre, ele termina se casando com Madeleine (Ellen Farner), uma bela jovem que era enfermeira de sua tia.
O filme é todo cantado, diferente de muitos musicais americanos onde as músicas entram entre diálogos. “Os Guarda-Chuvas do Amor” ganhou o prêmio Palma de Ouro no Festival de Cannes, além de ter sido indicado como filme estrangeiro, roteiro original, canção original (Je ne pourrai jamais vivre sans toi) e trilha sonora no Oscar, além de ganhar o Globo de Ouro como melhor filme estrangeiro.
O roteiro não é tão original, mas o final surpreende. As atuações são muito boas e as músicas, com melodias jazzísticas, são lindas. Esse, sem sombra de dúvida, foi o filme que impulsionou a carreira de Catherine Deneuve, levando-a ao estrelato. Para quem curte o estilo francês de se fazer cinema, esse é um belo musical.