O VÔO
Incrível como o tempo faz bem para alguns, como Ben Affleck e mal para outros, como Robert Zemeckis, diretor deste O VÔO, que parece ter deixado seu talento nos anos oitenta e criado um tipo de assinatura vazia, como ocorreu em ‘Contato’, ‘O Expresso Polar’ e ‘Os Fantasmas de Scrooge’.
O acidente inicial, que pontua o roteiro é de um exagero impressionante (me senti assistindo uma sequência de ação dirigida por Michael Bay), mesmo contando com uma ótima computação gráfica. E aí, chega o momento de tentarmos entender os motivos para Denzel Washington (‘Chamas da Vingança’) ter sido indicado ao Oscar de Melhor Ator e não há conclusão, até porque ele insere em seu personagem os mesmos cacoetes de sempre.
Mesmo tentando driblar essas situações, o roteirista John Gatins sempre cai na questão do alcoolismo, esquecendo por vezes da própria investigação e deixando o projeto ainda mais arrastado e cansativo. O tempo de duração é outro ponto negativo, pois poderiam cortar cerca de 20 minutos e ninguém ficaria descontente.
Após salvar dezenas de pessoas de um acidente de avião, o piloto Whip é apontado como um herói. Porém ao iniciarem a investigação notam que no dia, ele estava sob o efeito de álcool e drogas. Agora lutará para sua carreira não ser destruída e para que isso não chegue a imprensa.
John Goodman (‘O Artista’) é o grande destaque, mesmo aparecendo pouco e Don Cheadle (‘Homem de Ferro 2’) traz um tom mais dramático do que era necessário. ‘O Vôo’ é extremamente moralista e tem um desfecho irritantemente previsível e burocrático.
Título Original: Flight
Ano Lançamento: 2012 (Estados Unidos)
Dir: Robert Zemeckis
Elenco: Denzel Washington, Kelly Reilly, John Goodman, Don Cheadle, James Badge Dale, Bruce Greenwood Melissa Leo, Nadine Velazquez
ORÇAMENTO: 31 Milhões de Dólares
NOTA: 4,0
Publicar comentário
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.