Obras sobre a 2ª Guerra Mundial já estão defasadas e cair nas armadilhas deste gênero é fácil. Mas ao contrário do que muitos imaginavam, Roman Polanski – dono de pelo menos duas obras inesquecíveis: O Bebê de Rosemary e Chinatown – conseguiu fluência e um diálogo claro com o público.
O Pianista mostrou ao mundo o talento de Adrien Brody (Camisa de Força) e pode ser considerado o trabalho mais pessoal do diretor. Aliás, o mesmo já esteve preso num campo de concentração nazista e sofreu na pele todo tipo de humilhação.
A fotografia perfeita, deixa claro o tamanho do perfeccionismo da equipe de produção. Além disso, a edição cautelosa, dá a entender o conhecimento de causa de Polanski.
A história é baseada na luta de Wladyslaw Szpilman para sobreviver ao Holocausto. O espectador presencia, desde a busca por um pedaço de pão, logo depois a procura por moradia e o tratamento humilhante, até a degradação física e os corpos jogados como lixo. Ao se separar da família, Szpilman começa a viver em esconderijos e é ajudado por alguns amigos.
Portanto, o Oscar de Melhor Ator não poderia cair em mãos mais certas. Apesar de levemente cansativo em seu segundo ato, O Pianista se torna um drama espetacular e quase imbatível.
NOTA: 8,0
ORÇAMENTO: —