O MENINO E O MUNDO

o menino e o mundo

‘O Menino e o Mundo’ poderia ser um curta metragem? Talvez. Mas não conseguiria criar esta proximidade tão grande entre personagem e espectador. Pensando no fato de ser uma animação sem falas legíveis e com uma estética bastante diferenciada, muitas pessoas poderão se incomodar, mas por trás deste ‘rostinho inocente’, existe muito mais coisas a se falar.

E há uma espécie de linguagem mundial, pois todos sabem o que é pobreza, manipulação dos meios de comunicação e desvio de dinheiro. Mas ao contrário do que estamos acostumados, a crítica no roteiro de Ale Abreu chega pelos olhos inocentes de uma criança – e por conta disso nós não entendemos o que os adultos estão dialogando – e as cores vivas e radiantes e a criação de um universo lúdico tem tudo haver com a mente jovem do protagonista.

Mesmo assim, chega um determinado momento em que necessitaríamos de um clímax intenso, ou seja, um certo empurrão para fazer a história realmente andar com naturalidade. Os coadjuvantes ajudam nesta jornada de busca e descobertas e a figura do pai está sempre presente, de uma forma tocante e singela.

Depois de ver seu pai indo embora para a cidade grande em busca de melhores condições para sua família, um garotinho em busca dele e descobre um novo universo, lotado de condições e ambientes jamais vistos por ele e precisará da ajuda de todos para que o reencontro aconteça.

Para quem acompanhou todo o processo, é complicado notar a diferença que o governo faz entre uma produção com atores globais e outra independente. Mas ‘O Menino e o Mundo’, assim como ‘Uma História de Amor e Fúria’, prova que o gênero da animação no Brasil conta com cabeças pensantes e com espectadores com um nível de responsabilidade social e cultural muito maior que os tais ministros de Brasília.

Título Original: O Menino e o Mundo
Ano Lançamento: 2013 (Brasil)
Dir: Alê Abreu
Vozes: Alê Abreu, Emicida, Vinicius Garcia, Melissa Garcia, Naná Vasconcelos

ORÇAMENTO: —
NOTA: 7,0

Por Éder de Oliveira

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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