O GIGANTE DE FERRO
Às vezes os espectadores são realmente cruéis com alguns filmes. São tantos os exemplos de obras primas ignoradas por nós (‘O Mágico de Oz’, ‘Clube da Luta’, ‘O Estranho Mundo de Jack’, só para citar alguns) que por sorte são redescobertos em DVD. Na época de seu lançamento, ‘O Gigante de Ferro’ bateu de frente com ‘O 6º Sentido’ e acabou fracassando amargamente nas bilheterias, uma verdadeira injustiça.
Foi realmente difícil adquiri-lo para minha coleção, garimpava lojas especializadas e a resposta era sempre a mesma: “Não temos no estoque”, ia nas locadoras e… “Não temos no estoque”. Mas, como bom brasileiro, acabei por achá-lo, e apesar da relativa idade, a animação continua enxuta, relevante, prazerosa e poética.
Mescla 2D e 3D magnificamente, contendo personagens cativantes desde primeiros minutos, mas nada teria sentido se o diretor pusesse tudo a perder. Aliás, o diretor em questão é ninguém menos que o gênio Brad Bird (‘Os Incríveis’) e erro é palavra riscada de seu dicionário.
Hogarth Hughes vive com a mãe, e numa noite encontra robô que seria usado como arma de guerra mas “não se lembra” disso devido um acidente. O governo descobre e vai atrás do gigante de maneira dissimulada e quase suicida. Há situações engraçadas dentro de uma temática séria o bastante para ganhar status de obra prima.
Portanto, cabe a nós tentarmos entender aonde foi parar nossa racionalidade e se algum dia realmente teremos a tão almejada paz. Se um robô aprendeu lições como amizade, companheirismo e amor, talvez também consigamos. Quem sabe ?
NOTA: 10,0
ORÇAMENTO: —
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