NOSFERATU – UMA SINFONIA DE HORROR
Boa parte dos espectadores, acostumados com a linguagem cinematográfica atual, acharão o ritmo lento principalmente nos dois primeiros atos, mas isso é, de certa forma, necessário para conhecermos melhor e mais a fundo os personagens. Outro uso interessante – e que ainda faz ‘gelar a espinha’ – é o da sombra de Nosferatu, primeiro em seu castelo ao entrar no quarto de Thomas Hutter e depois ao raptar Ellen, dormindo tranquilamente.
A maquiagem exagerada é a principal referência de como o expressionismo alemão estava em voga naquela época e as interpretações quase teatrais, colocam ‘Nosferatu’ como uma obra de raro e imenso valor. Max Schreck causa uma mistura de repulsa e medo e assim como toda criação do roteiro, que segue impecável, os coadjuvantes têm espaço e importância suficientes para nos importarmos com todos eles.
O agente imobiliário Hutter viaja até os Montes Cárpatus para vender uma propriedade. Chegando no local, é recebido pelo Conde Orlock, um vampiro que para manter seu poder muda-se para a Alemanha e espalha terror entre os moradores locais. Sente-se atraído por Ellen, esposa do agente imobiliário e percebendo isso, ela tentará de tudo para acabar com a maldição.
Mesmo com a câmera estática, Murnau consegue planos maravilhosos e usa locações estonteantes. A qualquer cinéfilo que se preze, é um título indispensável, que fez com que Hollywood se rendesse às trucagens do diretor. Envelheceu com classe e poderia ser mostrado a todos os fãs de uma certa ‘saga em que vampiros brilham no sol’, provando que o tal Edward não serve nem para encostar no caixão de Nosferatu.
Título Original: Nosferatu, eine Symphonie des Grauens
Ano Lançamento: 1922 (Alemanha)
Dir: F. W. Murnau
Elenco: Max Schreck, Gustav von Wangenheim, Greta Schröder, Alexander Granach, Georg H. Schnell
ORÇAMENTO: —
PERGUNTA PARA O INTERNAUTA:
* O que você achou de NOSFERATU ?
* O que acha desse terror atual, comparado com os terrores mais antigos ?
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