NO MEU LUGAR
Os estrangeiros que vêem filmes nacionais podem pensar que o Brasil é uma terra sem lei, amaldiçoada por favelas comandadas pelo tráfico, menores delinqüentes e pobreza para todo lado.
De certa forma não estão errados, mas esta visão superficial que nossa filmografia dá, cria um incomodo desnecessário e latente.
Se diretores como FERNANDO MEIRELLES e JOSÉ PADILHA seguram-se fortemente numa visão ultra moderna e sem os cacoetes ‘obrigatórios’, outros como BRUNO BARRETO e EDUARDO VALENTE de NO MEU LUGAR pecam em expor seus protagonistas apenas como ‘gente sem futuro’.
Se há um roteiro até certo ponto relevante, é por causa de VALENTE que as coisas deixam a desejar. E os atores, parecem sempre incomodados e intimidados diante à câmera.
No Rio de Janeiro, um policial é obrigado a intervir num assalto à uma casa de classe média alta. Suspenso da corporação, ele acaba seguindo sua vida – mesmo com problemas dentro de casa.
Esta ação acarretará numa intrincada trama, afetando a Os estrangeiros que vêem filmes nacionais podem pensar que o Brasil é uma terra sem lei, amaldiçoada por favelas comandadas pelo tráfico, por menores delinqüentes e pobreza para todo lado. De certa forma não estão errados, mas esta visão superficial que nossa filmografia dá, cria um incômodo desnecessário e latente.
Se diretores como Fernando Meirelles e José Padilha se seguram fortemente numa visão ultra-moderna e sem os cacoetes obrigatórios, outros como Eduardo Valente de ‘No Meu Lugar’ pecam em expôr seus protagonistas apenas como ‘gente sem futuro’. Se há um roteiro, até certo ponto relevante, é por causa de Valente que as coisas não engrenam e os atores parecem sempre incomodados e intimidados diante da câmera.
No Rio de Janeiro, um policial é obrigado a intervir num assalto em uma casa de classe média alta. Suspenso da corporação, ele acaba seguindo sua vida. Esta ação acarretará numa intrincada trama, que afetará a vida dos envolvidos profundamente.
O bacana é ver a divisão em três narrativas, que apesar de pequenos deslizes, consegue ir bem até o desfecho. Filmado com elenco inteiramente desconhecido e apresentado no II Festival Cinema de Paulínia, ‘No Meu Legar’ tenta se submeter como uma crítica social, mas esbarra nas ações manjadas, tenta expor a colisão entre as classes sociais no Brasil, mas fica devendo e perde completamente o foco num final que, apesar de nunca ser previsível, é demasiadamente antigo – visto películas como ’21 Gramas’ de Alejandro Iñarritu.
NOTA: 4,0
ORÇAMENTO: —
PERGUNTA PARA O INTERNAUTA:
1) O que vocês acham, ainda vale ir ao cinema para ver estes sub-gêneros nacionais de ‘favelas, traficante e policiais’ ?
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