Neill Blomkamp, diretor de Distrito 9, escreveu seu nome ao dirigir esta ficção científica que mescla crítica social e ação de primeira qualidade, além de contar com um orçamento abaixo dos padrões hollywoodianos. Mas antes deste projeto houveram outros, e é isso que a gente vai ver agora!
Ainda na África do Sul, aos 16 anos, ele trabalhou em uma produtora ao lado de seu fiel amigo Shalrto Copley. Algum tempo depois e já morando no Canadá, ingressou na Vancouver Film School. Foi só questão de tempo para ele mostrar ao mundo seu talento em curtas metragens contundentes como Tetra Vaal (2004), que mostra um robô patrulhando as ruas de seu país de origem ou mesmo Yellow (2006), contando com efeitos especiais interessantes ainda hoje e Tempbot (2006), sobre um robô trabalhando num escritório.
Mesmo assim, ainda faltava uma obra de impacto. E ela veio com Alive in Joburg, que deu origem a seu longa metragem de maior sucesso e ainda a chance de dirigir o filme do game Halo, produzido por Peter Jackson (no momento este projeto está engavetado pelo estúdio).
Ao lado do mentor Peter Jackson, Blomkamp vai para a Primeira Guerra Mundial e dirige outro curta metragem intitulado Crossing the Line. No ano seguinte promove outros três projetos premiados em Cannes baseado no universo de Halo.
Seu primeiro longa chegou arrebatando mais de 200 milhões de dólares nas bilheterias mundiais e ainda concorreu a quatro Oscares, entre eles o de Melhor Filme. Para quem não sabe, Distrito 9 fala sobre uma nave alienígena que paira na cidade de Joanesburgo. Após três meses um grupo de militares invadem o local e descobre milhares de ‘camarões’ (como os extraterrestres são chamados). Doentes e sem condições para arrumar a nave, os governantes decidem criar um local para eles e é questão de tempo para se transformar num gueto lotado de tráfico de armas e drogas e crimes. Uma crítica ao apartheid e as diferenças gritantes das classes sociais como há muito não víamos no cinema.
A pressão era grande para o diretor igualar ou superar os feitos do projeto anterior. Elysium foi sua nova ficção científica estrelado por Matt Damon e orçada em 115 milhões de dólares. Apesar de se pagar com certa tranquilidade (ficou em primeiro lugar na semana de estreia), o roteiro fica devendo bastante e a premissa inicial não é sustentada tão bem.
Wagner Moura tem excelente participação, sendo o único com que o espectador realmente se importe – e sem qualquer falsa modéstia, consegue até apagar a persona de Matt Damon em alguns instantes.
Voltando com os pés no chão, o diretor nos apresentou em 2015 Chappie (baseado em seu curta Tetra Vaal). Com orçamento de 45 milhões, contou com um elenco bastante conhecido, a começar por Hugh Jackman e passando por Sigourney Weaver, Sharlto Copley e Dev Patel.
Na sinopse, uma força policial robótica é responsável por trazer a ordem às ruas de Joanesburgo, mas um destes robôs é reprogramado como uma arma a favor de criminosos. Mas ao fazer isso, dão a Chappie a chance de sentir e pensar por si mesmo. Mas para o governo, o robô já é visto como uma ameaça.
Conquistou no final de semana de estreia míseros US$ 13,3 milhões, bem pouco para um projeto tão ambicioso e lotado de grandes expectativas.
Nos anos seguintes se conteve em filmar outros curtas como The Escape, Rakka, Firebase, Adam: The Mirror e God: City, só para citar alguns. E em seus projetos futuros temos Greenland, thriller com Chris Evans, um projeto do universo Alien com Sigourney Weaver e Robocop Returns, sequência direta do projeto dirigido por Paul Verhoeven e com classificação indicativa para maiores de 18 anos. Já estou ansioso por este último!
Mas e aí, qual destes filmes de Neill Blomkamp, diretor de Distrito 9, você mais gosta? Comente com a gente!