MR. TURNER
A carreira de Joseph Mallord William Turner foi pautada por diversos altos e baixos e mesmo tendo o apoio dos ricaços da época, era um homem desiludido, solitário e com alguns trejeitos bastante estranhos. Autor de obras primas como Navio Negreiro, Turner era obcecado por pequenos detalhes e mesmo nos seus últimos dias, encontrava forças para exercer seu trabalho.
‘Mr. Turner’ tem uma fotografia – são quase pinturas – e um figurino de encher os olhos, além da força nas interpretações de Timothy Spall, ator acostumado a ser coadjuvante de luxo em projetos como ‘Maldito Futebol Clube’ e ‘O Discurso do Rei’, mas que mostra todo potencial dramático, e Dorothy Atkinson, quase irreconhecível.
Mesmo assim, o corte final de aproximadamente duas horas e trinta minutos cansa e nos tira a imersão daquele universo. O método frio na câmera do diretor Mike Leigh diminuem o impacto de determinadas tomadas que seriam essenciais para um andamento mais coeso do projeto.
Turner foi um pintor impressionista, fascinado pelos efeitos de iluminação do mar, das cidades e etc. Pai pouco presente de duas filhas, acaba encontrando, no momento mais difícil de sua vida, a mulher que colocaria um pouco de razão em meio a loucura que eram seus dias.
Na subida dos créditos, fiquei com uma sensação de tempo perdido, principalmente por conta da monotonia e da falta de um clímax mais apaixonado. Mesmo bonito, é muito pouco para uma cinebiografia de alguém tão importante para a história da arte.
Título Original: Mr. Turner
Ano de Lançamento: 2014 (Reino Unido)
Dir: Mike Leigh
Elenco: Timothy Spall, Tom Wlaschiha, Roger Ashton-Griffiths, Lesley Manville, Lee Ingleby, Richard Bremmer, James Fleet, Leo Bill, James Norton
ORÇAMENTO: —
NOTA: 6,0
Indicações ao Oscar: Figurino, Fotografia, Trilha Sonora, Direção de Arte
Por Éder de Oliveira
Publicar comentário
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.