Mona é um dos indicados do FESTICINI

MONA poster 1

O curta-metragem Mona, produzido em Kosovo, foi selecionado para participar do FESTICINI – 2° Festival Internacional de Cinema Independente. O filme, da diretora Lorena Sopi, concorre na categoria Melhor Música Original com outras cinco produções – duas da Espanha além de filmes do Brasil, Irã e Colômbia. O festival, que conta com um total de 55 produções de 18 países diferentes, acontece em Sumaré-SP entre os dias 16 e 30 de setembro.

Kosovo é um dos países dissidentes da antiga Iugoslávia. Independente desde 2008, ainda não é reconhecido por várias nações e entidades, como a ONU (Organização das Nações Unidas) e o próprio Brasil.

“Eu acredito que, além de nos fortalecermos como povo, moldando e resgatando nossa própria cultura e identidade, a arte e o esporte têm papel fundamental para que o mundo nos conheça e nos reconheça como uma nação. Estamos tentando abrir os olhos do público. Uma parte não sabe onde nosso país fica ou nunca ouviu falar. A outra acha que Kosovo é uma arena de guerra, um lugar onde apenas crimes, dor e terror são realidade. O mundo nunca viu o verdadeiro Kosovo ou talvez nunca quis ver o lado belo de meu país”, comentou a diretora Lorena Sopi.

Mesmo sem o reconhecimento oficial como país, a indicação de “Mona” ao FESTICINI foi a segunda vez no ano em que Kosovo conquista um lugar de destaque em terras tupiniquins. A primeira delas veio durante os Jogos Olímpicos realizados no Rio de Janeiro, quando a judoca Majlinda Kelmendi conquistou a medalha de ouro – a primeira da história do país.

Mona
Foto: Divulgação filme ‘Mona’

O país europeu da região dos balcãs, que teve origem após se separar da Sérvia e até hoje luta por reconhecimento internacional, passa por uma instabilidade política e vive em constante ameaça de guerra com seus vizinhos.

“A arte e o esporte são nossas armas. Temos cantores mundialmente famosos, como Rita Ora, Bebe Rexha e Due Lipa. Escritores tão famosos no exterior quanto o brasileiro Paulo Coelho, como Ismail Kadaré, Anton Pashku e Fatos Kongoli. Cantores líricos reconhecidos em todo o mundo, como Inva Mula, Ermonela Jaho e Besa Llugiqi. Além, claro, de Majlinda Kelmendi, que conquistou nossa primeira medalha de ouro em Jogos Olímpicos”, disse.

“Portanto, a arte é algo diferente. Como diz meu pai, que também é diretor, ‘a arte é a zona frágil entre a vida e a morte’. Morte esta que vai além do sentido da vida. É uma zona de dimensões desconhecidas. Através da arte damos aos outros a nossa dor, a nossa esperança e, sobretudo, o nosso amor. A arte será sempre uma alternativa para a vida que sonhamos. Algum tipo de tratado para nossas esperanças. Por isso, a comunicação e o reconhecimento de nosso país em todas as formas de arte são, para mim, de uma importância fundamental.”

Por Danilo Pessôa

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Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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