Kill Bill Vol. 1 | Vale a pena assistir?

kill bill vol 1 topo

Alguns anos após o lançamento de Kill Bill Vol. 1, cheguei a escrever uma resenha e postar aqui no site. Contudo, retirei do ar por achar que não estava a altura desta, que é uma das obras primas de Quentin Tarantino (Cães de Aluguel). Agora, em 2025, mais de duas décadas após chegar às telonas, notei que Uma Thurman continua sublime como a noiva em busca de vingança e que todas as homenagens inseridas pelo diretor só melhoram.

Caricato e violento, temos uma linha narrativa central que parece simples, mas que, ao longo de quase duas horas de projeção, conta com um ritmo sem igual nos embates físicos e também nos já conhecidos diálogos que só o diretor e roteirista consegue criar. Para os mais fissurados por filmes orientais, há referências mais escancaradas, como a presença de Sonny Chiba, que interpreta o fabricante de espadas, Hatori Hanzo, além da roupa amarela, semelhante àquele vestida por Bruce Lee em Jogo da Morte e outras (mais difíceis de serem achadas) que dão aquela ‘piscadela’ para os fãs de Amor à Queima Roupa, Sanjuro e Vingança na Neve, só para citar alguns.

Vemos uma história não linear, mas que jamais se perde em invencionices desnecessárias. E não dá para citar apenas uma passagem memorável, pois a noiva acordando do coma no hospital e a forma com que mata o enfermeiro-abusador, o modo com que retoma o movimento das pernas, seguido pela briga de facas com Vernita Green, vivida por Vivica A. Fox, é magistral… e ainda tem outras coisas que falarei abaixo.

Kill Bill Vol. 1 tem uma sequência em anime e mais porradas

Chegamos, então, na história de O-Ren, uma assassina cruel que teve seus pais mortos pelas mãos de mafiosos. Nesse trecho, Tarantino insere uma animação, ao estilo anime, para criar não só uma estética poderosa, como também gerar densidade nas expressões e na movimentação – como se aquilo tudo tivesse tão distante da mente de O-Ren que parece um sonho.

Antes do embate final em Kill Bill Vol. 1, entre a noiva e O-Ren, nossa heroína precisará passar pelos Crazy 88, bando de capangas da personagem vivida por Lucy Liu… e a coreografia é de outro nível! Enfim, somando a brancura da neve com o sangue que começa a escorrer nos minutos que antecedem o desfecho, o diretor revela uma ótima fotografia e aquela sensação de que estamos diante de um épico atemporal.

Daryl Hannah, David Carradine, Michael Madsen, Julie Dreyfus, Chiaki Kuriyama e outros completam o elenco, mas o show é da dupla Thurman e Tarantino.

Kill Bill Vol. 1
Kill Bill Vol. 1

Onde assistir Kill Bill Vol. 1?

Pode ser conferido nas seguintes plataformas digitais, tanto para locação quanto para compra: Amazon Prime Video, YouTube, Google Play Filmes e TV, Apple TVA.

Sinopse de Kill Bill Vol. 1

A ex-assassina conhecida apenas como Noiva acorda de um coma de quatro anos decidida a se vingar de Bill, seu ex-amante e chefe, que tentou matá-la no dia do casamento. Ela está motivada a acertar as contas com cada uma das pessoas envolvidas com a perda da filha, da festa de casamento e dos quatro anos de sua vida. Na jornada, a Noiva é submetida a dores físicas agonizantes ao enfrentar a inescrupulosa gangue de Bill, o Esquadrão Assassino de Víboras Mortais.

Nota Cinema e Séries: ★★★★★

Título Original: Kill Bill Vol. 1
Ano Lançamento: 2003 (Estados Unidos)
Dir: Quentin Tarantino

Elenco: Uma Thurman, Lucy Liu, Vivica A. Fox, Daryl Hannah, David Carradine, Michael Madsen, Julie Dreyfus, Chiaki Kuriyama, Sonny Chiba

Curiosidades Kill Bill Vol. 1

  • Durante a filmagem da cena em que Chiaki Kuriyama (Gogo) arremessa sua bola e corrente, ela acidentalmente acertou Quentin Tarantino na cabeça enquanto ele estava ao lado da câmera.
  • Em Kill Bill Vol. 1, há uma cena onde a Noiva corta uma bola de beisebol ao meio com uma espada samurai. Isso foi feito de verdade, realizada pela dublê de Uma Thurman, Zoë Bell.
  • Inicialmente, Quentin Tarantino queria escalar uma atriz japonesa para o papel de O-Ren Ishii, mas mudou para uma personagem sino-japonesa-americana depois de ver o trabalho de Lucy Liu em Bater ou Correr (2000).
  • A ideia para Kill Bill surgiu durante as filmagens de Pulp Fiction (1994), quando Tarantino e Uma Thurman discutiram os filmes que gostariam de fazer, e Uma sugeriu uma abertura onde houvesse uma mulher derrotada e usando um vestido de noiva.
  • Quentin Tarantino é proprietário da “Pussy Wagon” e usava o veículo como seu carro do dia a dia para promover Kill Bill Vol. 2 (2004). O carro também apareceu no vídeo musical de “I’m Really Hot” de Missy Elliott e no clipe de “Telephone” de Lady Gaga e Beyoncé.
  • Apesar de ser censurada no filme, o nome da Noiva é revelado nas suas passagens de avião para Okinawa e Tóquio.
  • Ao todo, foram usados mais de 450 galões de sangue falso durante as filmagens de Kill Bill.
  • Aproximadamente 60 mil dólares do orçamento do filme (que girou em torno de US$ 30 milhões) foram destinados à compra de espadas e acessórios da mesma.
  • A fotografia em preto e branco da luta contra os Crazy 88 foi uma homenagem às transmissões de filmes de kung fu dos anos 70 e 80, que utilizavam essa técnica para ocultar o sangue da censura.
  • Durante sua visita ao Japão, Quentin Tarantino ouviu a banda feminina “The 5,6,7,8’s” em uma loja e, impressionado, comprou o CD deles e os contratou para tocar durante a “Showdown at the House of Blue Leaves”.
  • O diretor adiou o início da produção de Kill Bill porque Uma Thurman estava grávida.
  • Os sets em miniatura usados para retratar Tóquio quando a Noiva chega ao Japão eram sobras do set de Godzilla (2001).
  • A dublê Zoë Bell se lesionou nas costas durante as filmagens, mas não mencionou para não ser substituída.
  • A música usada em Kill Bill Vol. 1 foi escolhida por Tarantino de sua própria coleção de trilhas sonoras de outros filmes.
  • Os “cigarros Red Apple” são uma marca fictícia criada por Tarantino e aparecem frequentemente em seus filmes.
  • Durante as filmagens, os atores muitas vezes faziam uma “Hello, Sally!” take, onde terminavam sua cena, olhavam para a câmera e gritavam “Hello, Sally!”, uma brincadeira com a editora do filme, Sally Menke.
  • Jack Nicholson, Kurt Russell, Mickey Rourke, e Burt Reynolds foram cotados para viver Bill, que acabou nas mãos de David Carradine.
  • O roteiro de Kill Bill levou seis anos para ser escrito antes de ser dividido em dois volumes. A versão original tinha cerca de 220 páginas.

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

Você não pode copiar o conteúdo desta página

GeraLinks - Agregador de linksTrends Tops - Trending topicsÀ toa na net