Insector Sun, o primeiro tokusatsu nacional, criado por Christiano Silva, tem características de vários heróis japoneses como Kamen Rider, Lion Man, Gato Maru entre outros. Saindo do visual e indo para as partes de coreografias de luta e enredo, Christiano conta que “Jiraya, Lion Man gostava pela magia que existia nestas séries e Gaban me prendia não pela série, que era até muito repetitiva, mas sim pela excelente atuação do ator e dublê Kenji Oba nas cenas de ação!”.
Entrevista sobre Insector Sun
Seu personagem, o Insector Sun, o primeiro tokusatsu nacional, tem influências óbvias dos tokusatsus japoneses. Quais seus super heróis favoritos do gênero?
Christiano Silva – Sim, o personagem na verdade foi desenvolvido tendo como base o gênero tokusatsu que eu sempre apreciei muito desde criança. Gosto do estilo da narrativa desses seriados nos anos 80 porém Insector Sun é um mix de herói japonês e brasileiro, porque as aventuras se passam no Brasil e com muitas situações típicas de nosso povo! Em relação ao gênero eu sempre gostei mais daqueles que tinham algo puxado mais para as artes marciais.
Quantos episódios já foram criados e tem ideia de quantos mais serão produzidos?
CS – Até esta entrevista (estamos no ano de 2010) foram feitos 12 episódios de uma 1° fase da série e + 1 episódio da 2° fase. Lá se foram 10 anos de produção, é claro que em um ritmo lento por sermos independentes. No total 13 episódios. Não sabemos ainda se serão produzimos mais episódios ou se a série será cancelada pela falta de apoio e incentivo a filmes alternativos do gênero.
Existe alguma empresa interessada em lançá-lo comercialmente? Como podemos adquirir os episódios da série?
CS – Já tivemos algumas propostas, mas até hoje nada se concretizou. Estamos esperando aquela empresa com visão para produções de baixo orçamento que queira apostar em nós.
Qual o ator que mais te influencia neste trabalho?
CS – Como disse na pergunta anterior, dentro do gênero tokusatsu eu gostava muito da atuação do ator Kenji Oba por suas cenas de ação. Entre outros que gosto do cinema de ação estão Sammo Hung, Donnie Yen e Jet Li.
O que acha do cinema de ação nacional? E quais as maiores dificuldades na hora de fazer um trabalho como este?
CS – Qual? (Risos) Cinema de ação nacional?! Quando criança, ia assistir os filmes dos trapalhões… Brincadeiras à parte, o Brasil ainda esta engatinhando quando o assunto é cinema de ação. Para você ver, a última tentativa de se fazer um filme de ação com artes marciais foi Besouro, onde se conta a história de um lendário mestre de capoeira. Mas ai que está o ‘X’ da questão: tiveram que importar um chinês que já dirigiu e coreografou muitos filmes e sequências de ação dos atores que citei acima.
Isso é a prova que o pessoal do meio não tem noção de como se fazer um filme de ação, penso que o pessoal de cinema profissional do Brasil precisa começar a investir em mão de obra aqui para fazerem estes filmes, procurar atores que além de saberem atuar, também sejam ‘experts’ em artes marciais para se desenvolverem boas cenas de ação, porque senão a gente nunca vai sair desse patamar no cinema nacional. Em Insector Sun, a nossa maior dificuldade na hora de produzir um filme desse tipo é a grana, sem patrocinadores temos que trabalhar com muita criatividade e improviso no lugar do dinheiro para finalizar um filme.
Quantas pessoas estão envolvidas e qual o orçamento de cada episódio da série?
CS – Dizer um número exato de quantas pessoas estão envolvidas no projeto atualmente é difícil, porque não sou uma empresa que contrato os empregados. A galera vem e me ajuda a produzir porque gostam. Todo mundo é voluntario e quando eu preciso de mais pessoas, eu dou alguns telefonemas pro pessoal e todo mundo aparece para fazer aquela cena.
Mas desde quando o projeto começou já passaram pelos episódios de Insector Sun mais de 100 pessoas entre produção e atuação, o orçamento de cada episódio é algo muito baixo, irrisório, mas pelos resultados que conseguimos com o filme finalizado criticas e aparições na imprensa em rede nacional é o que faz a nossa diferença em Insector Sun, o primeiro tokusatsu nacional.