Fatal Frame sai dos games e vai para o cinema
Tirando raríssimas exceções, como é o caso de Terror em Silent Hill, o cinema norte-americano nunca conseguiu transpor seus jogos de vídeo game para a telona de maneira minimamente interessante. Então dei uma chance, para saber se o Oriente conseguiria migrar de maneira mais sucinta algo tão assustador quanto Fatal Frame, lançado em 2001 para os consoles Playstation 2 e XBox.
O roteiro, escrito a quatro mãos por Eiji Ootsuka e pela também diretora Mari Asato, é uma adaptação do livro Project Zero: A Curse Affecting Only Girls. Com muito esforço e boa vontade, podemos dizer que o filme é um prequel dos acontecimentos nos games, mas o grande problema é a descaracterização daquela ambientação soturna e tenebrosa, que deixava o jogador com os nervos a flor da pele.
Se há uma mansão gigantesca, com diversos quartos e vastos corredores, porque não utilizar isso em prol do longa? Se há cenas dentro de uma floresta, porque filmá-las durante o dia e não à noite? Se há fantasmas para serem mostrados, porque não trazer uma câmera mais enérgica em determinadas situações?
Fatal Frame, descaracteriza o universo criado anteriormente e prova que a diretora Mari Asato ou é preguiçosa ou lhe falta talento. As atrizes fazem o que podem para segurar a barra nas poucas sequências intensas – como a aparição do fantasma dentro da igreja –, de resto, fica o apelo para que, um dia, o cinema consiga nos dar uma boa adaptação de um produto tirado dos consoles.
Sinopse de Fatal Frame:
Aya e Michi são duas jovens que vivem juntas numa espécie de convento, onde começam a notar que certos casos de desaparecimento envolvendo outras garotas pode ter uma ligação sobrenatural e quanto mais se aproximam da verdade, mais suas vidas são postas a prova.
Título Original:Gekijô-ban: Zero
Ano Lançamento: 2014 (Japão)
Dir: Mari Asato
Elenco: Aoi Morikawa, Michi Kazato, Ayami Nakajo, Aya Tsukimori, Jun Miho, Karen Miyama, Kôdai Asaka, Kojima Fujiko
ORÇAMENTO: —
NOTA: 4,5
Por Éder de Oliveira
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