Algumas pessoas já vieram a mim com a seguinte pergunta: “Por que Hollywood não consegue fazer um bom filme baseado em games famosos?”
Particularmente acho que existem dois pontos primordiais, o primeiro – e mais difícil de ser executado – é o fato de que dificilmente conseguirão transpor a liberdade que um jogador tem quando está com o console nas mãos para dentro da telona e o segundo, é que enquanto investirem em nomes como Uwe Boll (BLOODRAYNE) ou Andrzej Bartkowiak (DOOM – A PORTA DO INFERNO), só bombas colossais serão apresentadas.
Mas é impressionante como TERROR EM SILENT HILL tem pontos interessantes, principalmente quando Rose entra na tal cidade fantasma. Vemos ali ângulos usados à exaustão nos chamados jogos em terceira pessoa, além dos famosos objetos como lanternas, que são encontrados dentro de gavetas.
O problema mais sério é notado a partir do momento em que os efeitos especiais aparecem com maior clareza, pois todos os monstros são visivelmente mal finalizados e o roteiro, escrito por ROGER AVARY chega a seu último ato e tira risos do espectador, ao invés de botar medo.
Rose vai com sua filha a uma cidade, que a princípio parece desabitada, porém sua filha some e ela percebe que estão em uma espécie de realidade alternativa, onde seres assustadores vivem e uma espécie de seita religiosa também aflige os últimos moradores ‘normais’ de lá. Agora é questão de tempo para Rose encontrar quem procura e tentar sair o mais rápido possível!
SEAN BEAN (da série GAME OF THRONES) está extremamente deslocado, mas a perfeita ambientação, idêntica ao jogo – que utiliza tanto tons claros quanto escuros – manterá você minimamente interessado.
CHRISTOPHE GUNS (PACTO DOS LOBOS) pode não ter feito o filme definitivo baseado em games, mas ao menos nos fez perceber que isto não é algo impossível.
Título Original: Silent Hill
Ano Lançamento: 2006 (Estados Unidos/França/Japão)
Dir: Christophe Gans
Elenco: Radha Mitchell, Alice Krige, Sean Bean, Laurie Holden, Deborah Kara Unger, Kim Coates
ORÇAMENTO: 50 Milhões de Dólares
NOTA: 6,5