Primeiramente, vale dizer que na postagem de hoje entrevistamos Cory Kays. Ele é um ator norte-americano que contou um pouco sobre sua trajetória e as dificuldades da carreira em terras estrangeiras. Portanto, não é só aqui que a galera sofre para conseguir se firmar.
Desde já agradeço toda a atenção cedida por ele. Segue o bate papo na íntegra, primeiro na versão traduzida para o português e abaixo, em vermelho, em inglês.
Cinema e Pipoca: Aqui no Brasil é extremamente difícil se tornar ator e viver desta arte. Acha que para vocês é um pouco mais fácil ou não?
Cory Kays: Com certeza é bastante desafiador. Me lembro de me inscrever para participar de mais de 80 testes de elenco seguidos sem nenhuma resposta, nem mesmo uma chamada para a audição. Às vezes eu pensava em desistir, mas isso nunca foi uma opção pra mim. Penso que perseverança é a chave. Muitos desafios vão surgir, mas eles trazem uma recompensa. Eu não moro em uma região com a industria cinematográfica muito forte, por isso viajar é uma parte constante da minha carreira. Frequentemente eu também preciso perder ou ganhar peso para determinado personagem, isso faz com que o trabalho seja 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Cinema e Pipoca: Você já trabalhou em curtas, séries e longas metragens. Quais as principais diferenças entre estes trabalhos e tem alguma preferência dentre os três?
Cory Kays: Eu diria que longa metragens são os meus favoritos. É necessário investir um bom tempo em preparação e desenvolvimento do personagem e eu realmente gosto do desafio de construir um personagem complexo independentemente do estilo de filmagem.
Cinema e Pipoca: Prodigy foi seu último filme a ser lançado. Pelo trailer existe um misto de scifi com religiosidade, estou correto? Como foi que entrou no projeto e como é trabalhar com um roteiro com dois temas tão distintos entre si?
Cory Kays: Sim, definitivamente. Prodigy é um filme baseado na fé com elementos sobrenaturais. Lembro de ter lido o roteiro em março de 2017. Adorei e enviei uma fita de audição de 10 minutos para o diretor Nathan Leon. Algumas semanas depois, ele pediu outra fita. Cerca de um mês depois disso, eu estava em um voo noturno para Los Angeles para fazer o teste. Me ofereceram o papel pouco tempo depois.
É um filme ‘fora da caixa’. Combina aventura com divindade. No papel, os dois temas soam um pouco diferentes, mas no contexto do filme eles combinam bem.
Cinema e Pipoca: Pesquisando no IMDB, vi que em 2019 você tem 3 filmes prontos (Straight Edge Kegger, Just Lie Here e Looking for Andrew), 2 em pós-produção (Lily Is Here e Top Secret Crush) e 4 em pré-produção (Timbertown, It’s Always Necessary, Chaaw e Pot Dogs). Qual deles foi o mais desafiador e por que?
Cory Kays: Meu papel em ‘Lily Is Here‘ foi muito desafiador. Eu retrato um viciado em heroína em recuperação lutando para ficar limpo e voltar à sua família.
‘Straight Edge Kegger‘ foi um porque a maioria das gravações eram durante a noite, mas também foi muito divertido.
Atualmente estou trabalhando em ‘Timbertown‘. Estamos filmando algumas cenas externas em temperaturas muito baixas, mas estou adorando. Eu acho que poderia dizer que cada filme contou com seus próprios desafios, mas eu definitivamente gostei de todos eles.
Cinema e Pipoca: O que acha desta invasão de filmes de super-heróis nos cinemas mundiais?
Cory Kays: Estão sendo feito muitos filmes para entretenimento e você pode encontrar um pouco de cada coisa para todo mundo em filmes de super-heróis.
Cinema e Pipoca: Qual personagem você gostaria de interpretar se tivesse oportunidade?
Cory Kays: Muitos dos personagens que fiz tem uma grande carga emocional. Existem alguns projetos futuros com personagens mais leves que eu espero me ajudem a balancear as coisas. Falando de um personagem específico, talvez um turista em visita ao Brasil.
Cinema e Pipoca: Enfim, pensa um dia em trabalhar como diretor ou roteirista, por exemplo, ou prefere apenas atuar?
Cory Kays: Com certeza! Eu dirigi um clip musical na última temporada para diversificar um pouco e eu tenho planos para escrever, dirigir e produzir algumas narrativas no futuro.
Interview with Cory Kays
In today’s post we interviewed Cory Kays, an American actor, who told a bit about his career and the difficulties of his career in foreign lands. From now on I thank all the attention given by him, and follows the chat in its entirety, first in the version translated into Portuguese and below, in red, in English.
Cinema e Pipoca: It’s very hard to become a professional actor here in Brazil. How was it for you? What are the biggest challenges about your career?
Cory Kays: It’s challenging for sure. I remember submitting for 80+ casting calls in a row without any response at one point early on – Not even an opportunity to audition! There were times I felt like giving up, but I never allowed that to become an option. I think perseverance is the key. Many of the challenges are ongoing, but they’re also rewarding. I don’t live in a major film market so traveling is a pretty consistent part of my career. I also frequently lose or gain weight for my characters. This can make it a 24/7 job!
Cinema e Pipoca: You have done Short Films, Full-Length Feature Films and TV Series. Which one do you like most?
Cory Kays: I would say feature films are my favorite. I spend a lot of my time with preparation and character development. I really enjoy the challenge of a complex character arc in any style of filmmaking this comes along with.
Cinema e Pipoca: Prodigy was your last released work and it seems to mix religion with sci-fi, is that correct? How were you chosen for this role and how do you feel about working with two subjects so different?
Cory Kays: Yeah, definitely. Prodigy is a faith-based film with supernatural elements. I remember reading the script in March of 2017. I loved it, and sent a 10-minute audition tape to Director Nathan Leon. A couple weeks later he requested another tape. A month or so after that, I was on a red-eye flight to Los Angeles to screen test. I was offered the role shortly after.
The film is definitely outside the box. It combines adventure with divinity. On paper, the two subjects sound quite a bit different but within the context of the film, they go together well.
Cinema e Pipoca: You have 3 movies to be released, 2 in post-production and 4 in the pre-production stage. Which one do you consider the most challenging?
Cory Kays: My role in ‘Lily Is Here’ was very challenging performance wise. I portray a recovering heroin addict struggling to stay clean and get back into his family’s good graces.
‘Straight Edge Kegger’ was a challenge getting used to mostly overnight shoots, but it was also a lot of fun.
I’m currently filming ‘Timbertown’. We’re shooting quite a few exterior scenes in very low temperatures, but I’m loving it. I guess you could say each film has presented it’s own challenges, but I’ve definitely enjoyed them all.
Cinema e Pipoca: What do you think about this superhero movie boom?
Cory Kays: They are making some entertaining films! You can find a little something for everyone in superhero movies.
Cinema e Pipoca: Would you like playing some specific character?
Cory Kays: Many of my roles have been very heavy emotionally. I have some lighter films on the horizon to hopefully balance them a little. As far as a specific character, maybe a tourist in Brazil :)
Cinema e Pipoca: Would you like to work as a director or a screenwriter?
Cory Kays: Absolutely! I directed a music video last summer for a change of pace. I definitely have plans to write, direct, and produce more narrative work in the future!
Mas e aí, o que você achou deste post, onde entrevistamos Cory Kays? Conhecia o ator ou algum filme estrelado por ele? Comente com a gente.
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