Hoje temos a honra de postar a entrevista como o autor de O Espadachim de Carvão. Affonso Solano trabalha como ilustrador e storyboarder para empresas como TV Globo, TV Record e agências de publicidade. Bem como, é colunista do site Tech Tudo e co-criador do site Matando Robôs Gigantes.
Cinema e Pipoca: Dê um resumo sobre ‘O Espadachim de Carvão’.
Affonso Solano: O livro conta a história de Adapak, filho de um dos quatro deuses de Kurgala. Ele vive com o pai em sua ilha sagrada. Até que um dia se vê forçado a fugir de casa e se expor aos olhos do mundo pela primeira vez, enquanto tenta descobrir quem está atrás dele e porquê. É a história de alguém extremamente inocente (apesar de culto) descobrindo um mundo diferente daquele que imaginava.
CP: Quanto tempo demorou para pesquisar, esboçar e finalizar o livro? Qual o método que usou para escrevê-lo? Primeiro criou personagens e depois a história em si, ou foi algo mais orgânico?
AS: Levei cerca de 10 anos para criar toda a mitologia, o mundo de Kurgala, os personagens e as diversas histórias que os envolvem (fiz tudo com calma, pois não tinha contrato com editora ainda; estava me divertindo com a criação, digamos). Depois de tudo criado, decidi que a melhor maneira de introduzir os leitores à Kurgala seria através de Adapak, então escrevi o primeiro volume do que será essa série de aventuras, me utilizando de toda a biblioteca estabelecida.
CP: Quais as principais referências utilizadas na obra?
AS: Fui uma criança dos anos 80/90 então minhas influências vem dos filmes/games/HQs e livros dessa era. Dessa “sopa criativa” posso citar Steven Spielberg, George Lucas, Stephen King, Stephen Jackson, Ian Livingstone, Mike Mignola, Tolkien, Robert E. Howard, Lovecraft, entre outros! :)
CP: Existe alguma característica na personalidade do personagem que é parecido com você?
AS: Há um pouco de mim em diversos personagens – desde o “herói” até o “vilão”, para ser honesto (há bastante de mim no vilão, até). Mas do Adapak, em particular, me identifico com a inocência que ele tem no início do livro (que eu tinha quando novo também) e com a sede de conhecimento que ele tem. Em essência, ele é um “nerd” se desprendendo da superproteção dos pais e saindo para o mundo real – um rito de passagem que muitos se identificam.
CP: Quais as maiores dificuldades que um autor de ‘primeira viagem’ pode encontrar até conseguir publicar seu livro?
AS: Muitos me dizem que começam a escrever seus próprios livros, mas não conseguem terminá-los. Acho essa parte mais complicada do que “encontrar a editora”, na verdade. Outra dificuldade que vejo muita gente passar é saber encontrar o meio termo entre o “ego de autor” e uma obra comercialmente atraente para a editora. Se você é iniciante e desconhecido, um épico de 500 páginas talvez não seja a melhor maneira de começar, na minha opinião… ;)
CP: Tem planos para escrever outras obras? Poderia nos contar um pouco sobre elas?
AS: A editora Fantasy/Casa da Palavra/Leya já pediu o próximo volume do Espadachim de Carvão, então o estou produzindo agora (deve sair no 1o semestre do ano que vem). Fora isso, tenho rascunhos livros de horror e ficção científica que pretendo lançar no futuro.
CP: Para quem quiser adquirir ‘O Espadachim de Carvão’, pode entrar em contato onde?
AS: O livro está sendo vendido em todas as livrarias do Brasil, além de online (Submarino, Saraiva, etc). Há também as versões e-book disponíveis na Amazon, iTunes, etc. Há todas essas informações no site do livro: http://espadachimdecarvao.com/
CP: Agradecemos muito sua participação!
AS: Grande abraço e obrigado pelas perguntas.
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