Críticas
Emilia Perez | Vale a pena assistir?

Fui conferir Emilia Perez por dois motivos: primeiramente porque participarei de uma live sobre o Oscar com o pessoal do Papo Aleatório no próximo domingo (02) – e o projeto tem 13 indicações – e, além disso, pela curiosidade. Este segundo ponto tem a ver com a profusão de críticas negativas que se somou desde antes de seu lançamento nos cinemas nacionais.
Dirigido pelo francês Jacques Audiard (O Profeta) que, em entrevistas, revelou não ter se aprofundado na cultura mexicana para moldar sua obra, que é baseada romance de Boris Razon. Existem títulos, como Gladiador ou Coração Valente, por exemplo, que não são fidedignos ao lidarem com história e cultura, venceram o Oscar de Melhor Filme e faturaram alto nas bilheterias e não há problema nisso. O que Audiard não entende, portanto, é que suas mais de duas horas de projeção precisam ter sentido narrativo.
Ao mesmo tempo, para piorar as coisas, ele praticamente não utilizou, nem no elenco e nem na produção, mexicanos, pois veja: Karla Sofía Gascón é espanhola, Zoe Saldana (Os Vingadores – Ultimato) e Selena Gomez, americanas e Edgar Ramirez, venezuelano. Apenas Adriana Paz é, de fato, mexicana.
Porém, vamos supor que todas essas derrapadas ficassem para trás. Seria histórico essa primeira indicação de Melhor Atriz para uma mulher trans. O problema? Os comentários preconceituosos de Gascón. Dali em diante, toda campanha da Netflix, que corre atrás do prêmio principal do Oscar há anos, derreteu.
Emilia Perez e suas canções que não funcionam
Emilia Perez recebeu indicações a Melhor Trilha Sonora e Melhor Canção por duas músicas, sendo elas: “El Mal” e “Mi Camino”. Realmente são as ‘menos piores’. Em contrapartida, como não se envergonhar com aquele trecho onde cantam sobre ‘vaginoplastia’ em um tom que, a meu ver, chegou próximo do deboche.
Pense em uma novela ruim, tipo aquelas da Record. Temos um exemplar fílmico que custou 25 milhões de euros – a cena da protagonistas recebendo os filhos e a ex-esposa na nova casa é vergonhosa. O terceiro ato recupera um pouco do fôlego, mas até chegar nisso, me perguntava: ninguém julgou as atitudes do passado dela? Ela tornou-se uma benfeitora – e foi santificada – e isso a exime de toda culpa? E o dinheiro de Emilia Perez, que é milionária, não será investigado? Quando os créditos sobem, minha vontade foi de assistir a vários episódios de Maria do Bairro, para tentar esquecer dessa baboseira desrespeitosa.
Onde assistir Emilia Perez?
O filme está em cartaz nos cinemas de todo país.
Sinopse de Emilia Perez
Rita trabalha em um escritório de advocacia mais interessado em lavar dinheiro do que em servir a lei. Para sobreviver, ela ajuda um chefe do cartel a sair do negócio para que ela possa finalmente se tornar a mulher que sempre sonhou ser.
Nota Cinema e Séries: ★½
Título Original: Emilia Pérez
Ano Lançamento: 2024 (França | Bélgica)
Dir: Jacques Audiard
Elenco: Zoe Saldaña, Karla Sofía Gascón, Selena Gomez, Adriana Paz, Mark Ivanir, Édgar Ramírez, James Gerard, Agathe Bokja, Lucas Varoclier
Confira outras resenhas AQUI
Curiosidades de Emilia Perez
- Quando o filme ganhou o prêmio de Melhor Filme – Musical ou Comédia no Globo de Ouro de 2025, o diretor de Rivais, Luca Guadagnino, saiu da sala.
- O diretor Jacques Audiard cancelou uma participação na sessão de perguntas e respostas para Emilia Perez na Cineteca Nacional do México, horas antes do evento, devido à reação negativa sobre a representação dos mexicanos e da crise do tráfico de drogas no filme. Adriana Paz, a única mexicana do elenco, foi a única pessoa presente no evento após a exibição.
- Apontaram que há erros gramaticais, como o uso de “Cárcel” em vez de “Penitenciaria” em uma cena que mostrava uma prisão.
- A Academia recebeu críticas pelas 13 indicações ao Oscar de Emilia Perez, por conta, dentre outras coisas, do uso de inteligência artificial para melhorar a voz da atriz principal e a representação ofensiva de pessoas trans no filme.
- A Gay & Lesbian Alliance Against Defamation (GLAAD) chamou o filme de “uma representação profundamente retrógrada de uma mulher trans“, dizendo que ele recicla estereótipos e clichês trans de um passado recente.
- A comunidade latina pontuou seu descontentamento pela forma estereotipada com que o México e seu povo foram retratados, desde a romantização do cartel de drogas, até o desrespeito às suas vítimas.
- Em uma entrevista à CNN México em 15 de janeiro de 2025, Audiard se desculpou com o México por não ter se aprofundado na cultura do país e por não tratar a crise das pessoas desaparecidas de forma adequada no filme.
- Este é o primeiro filme em que a atriz espanhola Karla Sofía Gascón, que é uma mulher trans na vida real, atuou após anunciar sua transição em 2018. Antes disso, ela teve uma longa carreira como ator, participando de várias telenovelas.
- Jacques Audiard afirmou que não estudou o México ao escrever o filme, alegando que já sabia um pouco sobre o país e isso foi o suficiente para ele. Quando ele foi ao México procurar locações para as filmagens, não encontrou o México que imaginava, e por isso decidiu filmar em um estúdio em Paris, onde seria mais barato.
- A diretora mexicana trans Camila Aurora González fez o curta-metragem Johanne Sacreblu (2025) como uma resposta ao longa. O filme, totalmente filmado no México e sem franceses no elenco ou na equipe, é um musical ambientado na França, retratando vários estereótipos sobre os franceses.
- O designer de som de Emilia Pérez, Cyril Holtz, disse em uma entrevista que o filme usou tecnologias para tornar a voz de Karla Sofía Gascón mais grave nas cenas em que ela canta antes de sua transição, já que a atriz não conseguia atingir o tom de uma voz masculina. A ferramenta de clonagem de voz misturou a voz de Gascón com a da cantora francesa Camille, que escreveu as músicas do filme, para as cenas em que ela canta como Emilia.
- Selena Gomez cresceu falando espanhol, mas perdeu a fluência ao longo do tempo. Ela afirmou que passou seis meses reaprendendo o idioma, mas admitiu que não ficou satisfeita com o resultado final.
- Pelo desempenho no filme, o elenco feminino recebeu o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cinema de Cannes 2024, com Adriana Paz se tornando a primeira atriz mexicana a ganhar o prêmio, e Karla Sofía Gascón a primeira atriz trans a ganhar um prêmio de atuação em Cannes.
- A estrategista de marketing e campanha para o Oscar foi feito por Lisa Taback, que trabalhou nas campanhas de O Paciente Inglês (1996), A Vida é Bela (1997), Shakespeare Apaixonado (1998), Chicago (2002), O Discurso do Rei (2010) e O Artista (2012).
- O filme foi banido no Oriente Médio e Norte da África devido aos elementos e temas LGBTQ+. No entanto, o distribuidor Front Row Filmed Entertainment, em colaboração com os produtores, decidiu lançar uma versão sem classificação e sem cortes de Emilia Perez em todas as plataformas globais.
- Apesar das críticas, foi bem recebido em algumas partes da crítica internacional, sendo considerado um exemplo de ousadia ao tentar retratar temas complexos de identidade e cultura.
Críticas
Os Garotos Perdidos 2 – A Tribo | Resenha | Vale a pena assistir?

Vinte e um anos depois do lançamento de Os Garotos Perdidos (1987), dirigido por Joel Schumacher que capturou com estilo e ousadia o espírito rebelde da juventude oitentista, chega ao público uma continuação inesperada — e desastrosa. Os Garotos Perdidos 2 – A Tribo tenta, sem sucesso, ressuscitar a franquia. Contudo, o problema é que, ao tentar modernizar e “reinventar” o conceito original, o longa acaba traindo suas próprias raízes — e entregando um produto que beira a paródia involuntária.
Dirigido por P.J. Pesce (Um Drink no Inferno 3), tem cara de “fita de segunda prateleira”, principalmente porque foi lançado sem passar pelas salas de cinema. Ao invés de mergulhar no subtexto adolescente, a continuação aposta em um roteiro raso, personagens descartáveis e um desfile de clichês datados — e nem sequer os vampiros conseguem se salvar da mediocridade geral.
Problemas com o vilão e com o protagonista de Os Garotos Perdidos 2 – A Tribo
Shane, este novo vilão interpretado por Angus Sutherland – meio-irmão de Kiefer Sutherland -, não tem a menor ameaça ou presença em cena, compensando a falta de carisma com caras e bocas que variam entre o exagerado e o ridículo.
O protagonista Chris é um capítulo à parte. Interpretado por um Tad Hilgenbrink apático, o personagem é tão desinteressante que faz Jason Patric (Michael, do original) parecer um ator do calibre de Gene Hackman — e isso não é exagero. Nicole, por sua vez, é colocada como o típico “interesse romântico em perigo”, sem qualquer desenvolvimento ou importância real.
O retorno de Corey Feldman como Edgar Frog, caçador de vampiros, poderia ser um ponto alto para os fãs. Mas mesmo esse respiro nostálgico é desperdiçado. Feldman aparece apenas na segunda metade, armado com uma metralhadora de bexigas de água benta e um chicote de alho (!), em uma tentativa frustrada de equilibrar humor e ação. Essa caracterização se transforma aqui em uma caricatura sem graça, que serve mais para o alívio cômico involuntário do que para realmente salvar o dia.
O gore até aparece em boas doses — e é verdade que ver o lendário Tom Savini (o mestre dos efeitos práticos de horror) perder a cabeça para os vampiros pode arrancar um sorriso dos fãs — mas esse brilho se apaga rapidamente. Os vilões não são assustadores, e a direção de Pesce insiste em mostrá-los como bad boys surfistas.
Os Garotos Perdidos 2 – A Tribo, sua estética esquisita e nada além disso
A estética também é confusa: a fotografia escura e a direção de arte pobre fazem o longa parecer um episódio genérico de série sobrenatural dos anos 2000. Há, no entanto, um ou outro momento de autorreferência que funciona. Em uma cena, por exemplo, uma personagem sugere assistir Os Goonies, e os adolescentes não fazem ideia do que é. Uma piada que só funciona porque Corey Feldman, o eterno “Bocão”, está em cena.
O que talvez mais incomode em Os Garotos Perdidos 2 – A Tribo é o quanto ele parece desconectado do espírito do filme original. Enquanto Schumacher explorava temas como a tentação da juventude eterna, o conflito entre responsabilidade e rebeldia, e até a metáfora sobre a entrada na vida adulta, Pesce entrega um produto genérico e sem alma.
No fim das contas, Os Garotos Perdidos 2 – A Tribo não consegue ser uma homenagem digna, nem uma continuação válida, muito menos um reboot interessante. É apenas mais um produto diluído, lançado com o intuito de capitalizar em cima de um nome conhecido, mas sem entender o que tornou esse nome importante em primeiro lugar. Mesmo com a promessa de um terceiro capítulo, é difícil dizer se vale a pena seguir em frente.
Porque, honestamente? Quando os créditos subiram, a única coisa que pensei foi: “Isso matou mais do que vampiros. Matou a minha vontade de continuar.”
Onde assistir Os Garotos Perdidos 2 – A Tribo
O filme está disponível na Apple TV e Prime Video para aluguel e compra.
Sinopse do Os Garotos Perdidos 2 – A Tribo
A continuação do clássico filme de terror cult nos leva de volta à conhecida e sombria cidade do surfe de Santa Carla, onde surfistas vampiros rapidamente derrotam qualquer um que tente invadir seu território.
Nota: ★½
Título Original: Lost Boys: The Tribe
Ano Lançamento: 2008 (Estados Unidos)
Dir: P. J. Pesce
Elenco: Tad Hilgenbrink, Angus Sutherland, Autumn Reeser, Gabrielle Rose, Corey Feldman, Shaun Sipos, Merwin Mondesir
Curiosidades Os Garotos Perdidos 2 – A Tribo
1- Corey Feldman inicialmente hesitou em retornar como Edgar Frog, mas mudou de ideia quando foi oferecido um papel maior na história.
2- Corey Haim e Corey Feldman são os únicos membros do elenco original a retornar.
3- O homem sem camisa tocando saxofone no início do filme é uma homenagem direta ao original de 1987, que tinha uma cena icônica parecida.
4- Era para Os Garotos Perdidos 2 – A Tribo ser um remake.
5- A HQ chamada Lost Boys: Reign of Frogs, é um prelúdio e explora eventos entre o filme original e esta sequência.
6- Após o sucesso da série The Two Coreys (2007), os produtores decidiram dar mais destaque a Corey Feldman e Corey Haim. No entanto, o papel de Haim foi reduzido a uma breve participação devido à recaída do ator com drogas.
7- Antes de Os Garotos Perdidos 2 – A Tribo, outras três ideias de sequência foram consideradas. Entre elas: um prelúdio focado em David (personagem de Kiefer Sutherland), um filme chamado The Lost Girls e outro intitulado Lost Boys: Devil May Cry.
8- Durante as filmagens, Feldman e Haim também estavam gravando o reality show The Two Coreys para o canal A&E, mas por questões de segurança, a equipe de TV não pôde filmar no set do longa.
9- Assim como o original, Os Garotos Perdidos 2 – A Tribo tem ligação com a família Sutherland: o primeiro filme teve Kiefer Sutherland como David, e o segundo trouxe Angus Sutherland, como Shane, o novo líder vampiro.
10- Uma cena mostra a Tia Jillian trazendo o DVD de Os Goonies para os sobrinhos, uma referência direta a Corey Feldman, que interpretou “Bocão” no clássico de 1985.
Críticas
Filme Os Garotos Perdidos | Resenha | Vale a pena assistir?

Antes de vampiros brilharem no sol e recitarem poesia sofrida, eles usavam mullets, jaquetas de couro, andavam de moto e, acima de tudo, metiam medo. O filme Os Garotos Perdidos, dirigido por Joel Schumacher, carrega o DNA completo dos anos 80, com rebeldia juvenil, visual estilizado e trilha sonora de respeito.
Lançado em 1987, o longa não tenta ser um tratado profundo sobre o vampirismo. Pelo contrário: ele abraça o exagero, o gore, a irreverência e o estilo MTV com orgulho. O ritmo pode começar mais lento, mas é só os sugadores serem apresentados que este banquete divertidíssimo se escancara.
Kiefer Sutherland, com sua presença magnética e olhar gélido, rouba a cena como o líder vampiro David, ao contrário de Jason Patric e suas caras e bocas um tanto irritantes. E se você cresceu assistindo Os Goonies ou Conta Comigo, vai adorar rever Corey Feldman como um caçador de vampiros precoce e fanático por quadrinhos, no papel que talvez seja o auge de sua carreira antes dos escândalos pessoais.
Efeitos práticos no filme Os Garotos Perdidos
Aqui não há nada de CGI exagerado: os efeitos são práticos, muitas vezes improvisados — o que dá uma honestidade visual que falta em muitos blockbusters modernos. E para um projeto exibido na Sessão da Tarde, o sangue escorre com gosto, como diria Getro.
Na superfície é apenas um suspense oitentista, nas entrelinhas, temos um retrato da juventude da época — rebelde, inconsequente, corajosa. É uma crítica velada à influência de más companhias, ao medo de crescer e à tentação de viver para sempre (mesmo que como um morto-vivo com sede de sangue).
Mesmo datado em certos aspectos, o filme envelheceu com total dignidade. Pode não agradar quem espera o terror de shopping center atual, com aquela hiperatividade desesperada, mas é o produto de um tempo, com uma pitada de sangue. Outras duas sequências foram feitas, mas nenhuma com a diversão desta aqui.
Onde assistir filme Os Garotos Perdidos
O filme está disponível na Apple TV para aluguel e compra.
Sinopse do filme Os Garotos Perdidos
A história acompanha Michael e Sam, dois irmãos que se mudam com a mãe para Santa Carla, uma cidade litorânea na Califórnia infestada de… vampiros. A trama parece simples, quase trivial, mas é justamente essa estrutura básica que permite o filme explorar melhor seus personagens e construir um universo carismático e misterioso.
Nota: ★★★★
Título Original: The Lost Boys
Ano Lançamento: 1987 (Estados Unidos)
Dir: Joel Schumacher
Elenco: Corey Haim, Kiefer Sutherland, Jason Patric, Corey Feldman, Jami Gertz, Alex Winter, Jamison Newlander, Brooke McCarter
Curiosidades do filme Os Garotos Perdidos
1- Santa Cruz já foi chamada de “A Capital Mundial dos Assassinatos”, pois, nos anos 1970, houveram 28 assassinatos cometidos por três serial killers diferentes em apenas 30 meses. A cidade serviu de inspiração para a fictícia “Santa Carla”, onde se passa no filme Os Garotos Perdidos.
2- A loja de quadrinhos Atlantis Fantasyworld existe de verdade, e seu proprietário, Joe Ferrara II, ainda possui a edição original do quadrinho fictício Vampires Everywhere, lido por Sam no filme — assinada por todo o elenco.
3- Primeira vez que Corey Haim e Corey Feldman atuaram juntos.
4- O sangue usado nas cenas do filme tinha glitter, para dar um efeito mais brilhante e sobrenatural. Corey Haim disse que ele era “mais viscoso que o sangue falso normal”.
5- A cada verão, o filme Os Garotos Perdidos é exibido gratuitamente no Santa Cruz Beach Boardwalk, onde foi filmado.
6- O saxofonista musculoso da praia, Tim Cappello, fez parte da banda de Tina Turner nos anos 80 e também apareceu no clipe de “One of the Living”, da trilha sonora de Mad Max: Além da Cúpula do Trovão.
7- A banda Echo & The Bunnymen regravou “People Are Strange” especialmente para o filme, substituindo a versão original dos The Doors.
8- A personagem Lucy foi nomeada em referência a Lucy Westenra, do clássico Drácula, de Bram Stoker.
9- A locadora de Max no filme tem uma cópia do filme Os Goonies, de 1985 — uma referência ao ator Corey Feldman, que participou dos dois longas.
10- Corey Feldman quase foi demitido do filme, após aparecer drogado no set. Schumacher o dispensou, mas o recontratou no dia seguinte depois de um pedido de desculpas e promessa de profissionalismo.
11- O filme foi rodado em apenas 21 dias, de 2 a 23 de junho de 1986.
Críticas
O Rei do Show | Resenha | Vale a pena assistir?

Demorei muito para assistir a O Rei do Show, um musical estrelado por Hugh Jackman (Logan) e dirigido por Michael Gracey (Better Man – A História de Robbie Williams). O projeto é baseado na história real de P. T. Barnum, showman e empresário do ramo do entretenimento que, além disso, fundou o circo Ringling Bros. e Barnum & Bailey Circus.
Além do eterno Wolverine, o elenco tem pesos pesados, como Zac Efron, Zendaya, Michelle Williams e Rebecca Ferguson. O acerto principal, e que enche os olhos do público, está nos figurinos, em algumas músicas e na criação, por exemplo, dos picadeiros e da parte interna do teatro. Ao sairmos e olharmos para a cidade, tudo parece artificial e o refino técnico dos prédios, das montanhas e do trem, que passa, vez ou outra, não condiz com o restante.
Aliás, falando em efeitos especiais, não posso deixar de citar as interações de Charles Stratton (personagem de Sam Humphrey) com os animais. Num projeto de mais de US$ 80 milhões de dólares, seria possível gerar algo mais decente – Godzilla – Minus One, por exemplo, fez tudo aquilo com orçamento muito menor.
O Rei do Show poderia ser um filme de maior duração
Na maioria das vezes eu cito que um projeto deveria ter uma duração menor. Contudo, desta vez, creio que seja o contrário. Com apenas 105 minutos, o roteiro de Jenny Bicks (Rio 2) e Bill Condon (Chicago) é apressado e não dá tempo para o espectador se importar com ninguém. Nos primeiros 30 minutos já sabemos tudo sobre a família do protagonista, ele convence todas as pessoas a participarem do seu show, adquire o prédio, monta os banners para colocar na cidade e pronto!
É como se, na vida dele, tudo fosse simples e sem dificuldades. Quer mais? Em 90% do filme, P. T. Barnum é gente boa. Contudo, há uma virada e ele se transforma em um ‘babaca’. Todos os funcionários ficam chateados, ele se separa da esposa, mas em 5 minutos, como é de costume aqui, o final feliz acontece e todos cantam dentro do picadeiro. Resultado? Na subida dos créditos você já esqueceu boa parte do que acabou de ver.
Onde assistir O Rei do Show
O filme está disponível na Disney+.
Sinopse de O Rei do Show
Celebra o nacimento do mundo do entretenimento e mostra a vida do visionário que fez dum espectáculo uma sensação mundial.
Nota: ★★½
Título Original: The Greatest Showman
Ano Lançamento: 1992 (Estados Unidos)
Dir: Michael Gracey
Elenco: Hugh Jackman, Michelle Williams, Zac Efron, Rebecca Ferguson, Zendaya, Austyn Johnson, Cameron Seely, Keala Settle, Sam Humphrey
Curiosidades de O Rei do Show
1- A personagem Jenny Lind, interpretada por Rebecca Ferguson, tem a voz cantada dublada por Loren Allred. Ferguson canta bem, mas como Lind era “a melhor cantora do mundo”, ela achou justo deixar a voz para uma profissional.
2- Hugh Jackman leu mais de 30 livros sobre P.T. Barnum para interpretá-lo.
3- Hugh Jackman queria fazer esse musical desde 2009! Foram 9 anos até ver o sonho virar realidade.
4- O filme só foi aprovado pela Fox depois que os compositores escreveram This Is Me durante um voo de 2 horas antes da reunião. A música foi indicada ao Oscar.
5- A personagem Anne Wheeler, vivida por Zendaya, foi inspirada em Miss La La, uma artista afro-alemã do circo no século 19.
6- Vários dos figurinos usados nas cenas de circo vieram diretamente dos acervos originais do Ringling Bros. e Barnum & Bailey Circus.
7- Hugh Jackman fez um workshop com os executivos da Fox logo após uma cirurgia de câncer de pele no nariz. O médico proibiu de cantar, mas ele não resistiu e mandou ver em From Now On. Resultado: o nariz começou a sangrar no meio da performance.
8- Mesmo sem cantar oficialmente em O Rei do Show, Ferguson teve que apresentar a música ao vivo para centenas de figurantes e equipe. Foi só com o apoio de Hugh Jackman que ela conseguiu se soltar.
9- As gêmeas asiáticas são inspiradas em Chang e Eng Bunker, irmãos siameses reais nascidos na Tailândia.
10- Zac Efron disse que o beijo com Zendaya em O Rei do Show foi o melhor da carreira. Mas em outra entrevista, ele brincou dizendo que o preferido foi com Dwayne Johnson em Baywatch.
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