Antes de perguntar se Dragon Ball Super: Broly era necessário, vem a seguinte questão: trazer Goku e companhia para novos episódios faz algum sentido? É fato que a marca Dragon Ball é muito forte e numa questão mercadológica é quase impossível deixá-lo de lado. Mas este roteiro com multi-versos e personagens pouco carismáticos me deixaram sem a menor vontade de acompanhar essas aventuras (que já passam de 100 episódios).
Mas eis que o lendário Super Saiyajin Broly chega para ser o novo vilão deste projeto para os cinemas e me encho de empolgação já que o personagem nunca teve o devido cuidado anteriormente, entraria no cânone da série e sua história seria recontada. Quando os créditos finais sobem após intermináveis 105 minutos de projeção, percebo a falta de coragem do diretor para um desfecho digno, além de revirar todas as características da tal raça guerreira dos saiyajins.
E se as batalhas, com uma animação caprichada, enche os olhos do público, não podemos dizer o mesmo dos diálogos que não levam a lugar algum (preferia ganhar um filme mais redondo com 40 minutos) e do antagonista, que grita a cada dez segundos, tem uma motivação pouco inspirada e nada de carisma.
Wendel Bezerra e todos os outros dubladores continuam fazendo um trabalho impecável e é impossível assistir a obra sem ser desta forma. Mas deixando de enrolação e chegando a pergunta inicial: Dragon Ball Super: Broly era necessário? Talvez para este novo público possa até ser, mas para quem conhece a franquia há tempos, sabe que Dragon Ball Z fechou com chave de ouro a história de Goku e companhia e não precisava de mais nada além disso.
Sinopse de Dragon Ball Super: Broly
Goku se mantém em treinamento constante, mesmo com o período de paz na Terra, mas é quando um novo inimigo chamado Broly surge, que precisará unir forças com Vegeta para salvar suas vidas e a de todos que ama da destruição.
Título Original: Doragon bôru chô: Burorî
Ano Lançamento: 2019 (Japão)
Dir: Tatsuya Nagamine
Vozes da Dublagem Nacional: Wendel Bezerra, Alfredo Rollo, Tânia Gaidarji, Luiz Antônio Lobue, Fatima Noya, Dado Monteiro, Carlos Campanile, Felipe Grinnan
ORÇAMENTO: —
NOTA: 5,0
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