Condado Macabro, torture porn nacional

condado macabro

Em um mercado extremamente dependente do dinheiro público, sob a forma de editais e empresas como a Petrobrás ou a centralização da Globo Filmes, ver um filme feito na raça como Condado Macabro nos deixa satisfeitos por um lado e preocupados por outro. Explico: satisfeito por saber que a internet possibilitou essa abrangência e hoje, qualquer pessoa têm acesso a programas de efeitos especiais e aulas de roteiro, por exemplo e preocupado por conta desta dificuldade de se inserir outros gêneros no mercado, além da falta de fidelização do público.

Marcos DeBrito e André de Campos Mello, diretores do projeto, trzem um sem número de referências e homenagensaos terrores dos anos 70 e 80, com destaque para O Massacre da Serra Elétrica, mas insere um regionalismo interessante para os personagens centrais, como no caso dos palhaços Cangaço e Bola 8.

Mas se a violência gráfica se mantém competente, não podemos dizer o mesmo dos jovens que serão as futuras vítimas do serial killers, já que Bia Gallo, Rafael Raposo e Olívia de Brito quase soletram seus diálogos e moldam sequências pouco naturais – o espectador quase torce para que seus personagens morram mais rapidamente.

Com seus longos 120 minutos, Condado Macabro sai do quesito referencial e não consegue nem ser finalizado de maneira diferenciada, ou seja, tudo o que você espera acontece, sem nenhuma novidade. Por fim, vale muito pela sanguinolência e por colocar um respingo de esperança para um gênero tão carente por aqui.

Sinopse de Condado Macabro:

Cangaço, um palhaço de uma cidade interiorana, é o principal suspeito de ter matado vários jovens dentro de uma casa isolada, próximo a uma floresta. O investigador da polícia tenta tirar dele o maior número de informações possíveis, para que possa desvendar o caso o mais rápido possível.

Título Original: Condado Macabro
Ano Lançamento: 2015 (Brasil)
Dir: Marcos DeBrito e André de Campos Mello
Elenco: Bia Gallo, Francisco Gaspar, Larissa Queiroz, Leonardo Miggiorin, Paulo Vespúcio, Rafael Raposo, Beto Brito, Fernando de Paula, Olivia de Brito Vanessão

ORÇAMENTO: —
NOTA: 5,0

Por Éder de Oliveira

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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