Originalidade é a palavra que resume Chumbo Grosso, ótima comédia descartada nos cinemas nacionais. Aliás, as salas são locais onde há muito espaço para o besteirol adolescente como Super Herói – O Filme, Deu a Louca em Hollywood e Todo Mundo em Pânico e quase nunca para um humor mais interessante.
Simon Pegg (Maratona do Amor) e Nick Frost deixam Adam Sandler e vários outros comediantes americanos no chinelo, provando talento e usando ótimo timing nos momentos certos. Além disso, ainda presenciamos uma ação bem filmada, perseguições excelentes e tiroteios absurdos.
Os assassinatos são originalíssimos e a meia hora final assume, definitivamente, o humor nonsense na trama, sem nunca se tornar cansativo ou irrelevante. Os clichês comuns nos filmes como Máquina Mortífera e derivados estão lá, desde as confissões dramáticas, passando pelos desentendimentos entre a dupla principal e, enfim, o diálogo com o vilão, antecipando o desfecho.
O diretor Edgar Wright mescla diversos gêneros numa das obras mais intensas e engraçadas dos últimos anos ao lado de Borat. Vale cada segundo.
Sinopse de Chumbo Grosso
Na sinopse, um policial é transferido para uma cidade interiorana, pois seus superiores tinham medo de que ele roubasse seus respectivos cargos na corporação. Lá, encontra um departamento despreparado e se vê diante de um caso envolvendo inúmeras mortes, um tanto estranhas.