Críticas

Carandiru, um dramalhão sem graça com grande elenco

As centenas de penitenciárias espalhadas Brasil afora (a grande maioria lotadas e sem as mínimas condições para funcionarem), mostram o caos governamental. E no Carandiru, não era diferente.

A contraponto disso, temos facções mega-organizadas e alguns sinais de uma polícia despreparada e desmotivada. Inteligente e perceptivo, Dráuzio Varella escreveu o livro Estação Carandiru. Onde debate estes temas já citados e outros.

O médico capturou, não só as histórias reais e os momentos interessantes, como também narrou a fatídica chacina ocorrida em 1992.

Vendo forte apelo emocional e comercial na obra, Hector Babenco tirou-a das páginas, porém, sua direção é rasa. Além disso, mesmo nomes como Rodrigo Santoro (300), Lázaro Ramos (O Homem que Copiava) e Wagner Moura (Tropa de Elite), deixam a desejar.

A pieguice é tão grande que os “bom mocismos” entre os detentos, nos trazem cenas que beiram a panfletagem. Isso faz com que a naturalidade do texto original de Carandiru se perca.

Enfim, numa filmografia tão extensa, Babenco esqueceu os momentos célebres da carreira. Capturando um clima tendencioso e cheio de dramalhões. Uma pena!

NOTA: 4,5
ORÇAMENTO: 12 Milhões de Reais

Eder Pessoa

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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