BLUE JASMINE

BLUE JASMINE

Grandes diretores conseguem criar assinaturas visuais que são logo reconhecidas pelo público. É assim com Christopher Nolan, Clint Eastwood, Martin Scorsese, Zack Snyder (para o bem ou para o mal) e também com Woody Allen. O fato é que, apesar de notarmos diversas passagens que lembrem seus trabalhos anteriores, Allen perde um pouco a mão em ‘Blue Jasmine’.

Não fosse a maravilhosa interpretação de Cate Blanchett (Não Estou Lá), como uma megera intragável e lotada de manias irritantes e a adição dos coadjuvantes que conseguem uma química incrível, o roteiro não se sustentaria sozinho. Mesmo não expondo totalmente, o diretor faz um estudo de caso sobre a crise financeira que afeta o planeta e a forma com que determinadas pessoas lidam com isto.

Sua protagonista passa o filme todo à base de remédios, bebidas e cigarros e a profusão de idas e vindas no tempo mostra os representantes da classe alta como um bando de mesquinhos bem arrumados e a classe média como extravagantes com as vidas desajeitadas, mas de certa forma, mais felizes.

Depois de perder todo o dinheiro por culpa do marido, Jasmine vai morar com sua irmã no subúrbio de São Francisco. Mesmo sem um tostão, continua levando uma vida de soberba e ao encontrar um novo parceiro, vê nele a nova oportunidade para voltar ‘ao topo’, mas como diria o velho ditado: ‘mentira tem pernas curtas’.

Sally Hawkins (Simplesmente Feliz) e Peter Skaargard (A Órfã) também estão excelentes em cena, o problema é que as soluções rápidas inseridas, principalmente no terceiro ato, como se as idéias bacanas houvessem acabado, não fazem jus à grandiosidade de toda aquela celeuma de sentimentos reprimidos. Que da próxima vez, Allen possa assinar sua produção com Gaia High Luxury e não com uma simples caneta Bic.

Título Original: Blue Jasmine
Ano Lançamento: 2013 (Estados Unidos)
Dir: Woody Allen
Elenco: Cate Blanchett, Alec Baldwin, Peter Sarsgaard, Louis C.K., Alden Ehrenreich, Sally Hawkins, Charlie Tahan, Max Casella

ORÇAMENTO: —
NOTA: 6,0

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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