É uma pena que o filme de maior bilheteria de Tim Burton (‘A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça’) seja tão fraco e desprovido de toda força que o texto de Lewis Carroll carrega. Provavelmente pelo fato de usarem a tecnologia 3D, os espectadores e fãs do diretor resolveram dar uma conferida neste projeto que prometia ser um dos melhores de 2010.
O roteiro de Linda Woolverton é sonolento e os 108 minutos se arrastam e cansam quem se propôs assistí-lo. Inúmeros críticos fizeram grandes elogios a atriz principal Mia Wasikowska (‘Um Ato de Liberdade’), mas quem ofusca a todos é Helena Bronham Carter (‘Clube da Luta’) como a vilã Rainha Vermelha. Mesmo assim, dois pontos são tratados com exuberância e perfeição: o figurino (por vezes me peguei achando que estava num desfile de moda, tamanha beleza e variedade das roupas) e a parte visual, alucinante e psicodélica, com o uso quase irresponsável das cores.
Alice, agora com 19 anos, retorna ao País das Maravilhas para fugir de um casamento arranjado com um lorde almofadinha. Reencontra antigos e estranhos personagens como Chapeleiro Maluco, a Rainha Branca e a Rainha Vermelha. Ali, ela lutará para voltar para a casa e tentará acabar com o reino da temível vilã.
Em ‘Alice no País das Maravilhas’, percebemos o quanto o ego de Tim Burton estava inflado e descontrolado e dividindo tal ‘excentricidade’ está o amigo Johnny Depp, interpretando o Chapeleiro Maluco. A batalha final é risível e a narrativa é mal desenvolvida, faltou menos grandiosidade e mais simplicidade para que a película funcionasse em sua perfeição.
Título Original: Alice in Wonderland
Ano Lançamento: 2010 (EUA)
Dir.: Tim Burton
Elenco: Johnny Depp, Mia Wasikowska, Helena Bonham Carter, Anne Hathaway, Crispin Glover, Matt Lucas, Stephen Fry, Michael Sheen
ORÇAMENTO: 200 Milhões de Dólares