A SUPREMACIA BOURNE
A visão imposta por Doug Liman em ‘A Identidade Bourne’ foi soberba, mostrando perseguições alucinantes numa obra cheia de detalhes e minimalismos. Daí, o diretor resolveu não voltar para a sequência e incluíram alguém acostumado a fazer filmes independentes, seu nome Paul Greengrass (‘Domingo Sangrento’).
Ao contrário da estética mais arrumadinha do comandante anterior, Greengrass filma de maneira crua e quase inusitada, causando uma sensação de ineditismo impressionante. Matt Damon (‘O Resgate do Soldado Ryan’) está mais à vontade na interpretação, Julia Stiles (‘A Profecia’) ainda tem muito que aprender, Chris Cooper (‘Beleza Americana’) passeia categoricamente frente às câmeras, mas é Karl Urban (‘Doom – A Porta do Inferno’) que surpreende, e é o vilão perfeito para ‘A Supremacia Bourne’.
Bourne e sua namorada Marie vivem tranquilamente numa ilha afastada de todos. Ele continua com as fortes dores de cabeça e pesadelos, que vem fragmentados como um quebra cabeças. É aí que surge um agente disposto a tudo para matá-lo e apagar de vez todas as experiências mal sucedidas feitas pela CIA.
Os locais escolhidos pela equipe, os ângulos e aquela perseguição automobilística voraz impossibilita quem está assistindo de desgrudar os olhos do aparelho televisor. Jason Bourne se firma como o espião mais completo e complexo deste novo século – foi tão influente que modificou esteticamente até James Bond. Isso é que é credibilidade!
NOTA: 9,0
ORÇAMENTO: 75 Milhões de Dólares
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