Críticas

A MULHER DE PRETO

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DANIEL REDCLIFFE claramente quer se distanciar da figura de Harry Potter, para não ser estigmatizado como o ‘ator de um único personagem’. E não poderia escolher um tipo mais diferente, pois aqui é um pai de família, viúvo e que corre o risco de perder o emprego.

A fotografia de uma Inglaterra sempre soturna é simplesmente maravilhosa – mesmo aparecendo bem pouco –, assim como toda reconstrução de época.
Ao situar a tal casa que está à venda no meio do nada, de forma tão inteligente – pois após certa hora o mar inunda a passagem -, o roteiro ganha em suspense, sem contar que o diretor JAMES WATKINS (roteirizou ABISMO DO MEDO 2), ‘cria’ medo não só com os tais espíritos, mas também com a edição de som.

Num dado momento, tentam expôr uma discussão espírita sem resvalar em clichês, mas é algo muito superficial e logo voltam a normalidade e enfiam fantasmas para nos amedrontar. Além de tudo isso, os tons góticos estão sempre bastante nítidos – um traço sempre evidente nas produções da Produtora Hammer.

Alice Drablow faleceu há pouco tempo e o advogado Arthur Kipps vai para a pequena cidade, para resolver a questão do funeral e dos bens.
Ao passar dos dias, começa a ter visões aterradoras e a ouvir barulhos estranhos, que só serão realmente entendidos se ele juntar as peças e notar que existe algo além do comum.

Como dito, o cenário ajuda muito e o estilo setentista dá conta de segurar o espectador, mas cá entre nós, não seria nada ruim se fizessem um desfecho um pouco mais inteligente – que último diálogo mais patético é aquele. Bom suspense, porém rapidamente esquecível!

Título Original: The Woman in Black
Ano Lançamento: 2012 (Canadá/Reino Unido/Suécia)
Dir: James Watkins
Elenco: Daniel Radcliffe, Janet McTeer, Ciarán Hinds, Alisa Khazanova, Shaun Dooley, Liz White, Alexia Osborne, Aoife Doherty

ORÇAMENTO: 27 Milhões de Dólares

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