A BUSCA

A Busca

Wagner Moura (do inédito ‘Elysium’) é a alma deste filme que tem na direção o estreante Luciano Moura. Não fosse o ator baiano, toda a jornada de um pai que sai em busca de seu filho, seria seriamente prejudicada, já que o roteiro traz algumas soluções bastante incômodas e rasas – existe um número muito elevado de coincidências, durante toda projeção.

Com a vida em frangalhos, já que está em processo de separação com sua esposa e raramente consegue um diálogo franco com seu primogênito, Theo é um protagonista que poderia ser visto como o resumo de muitos pais e mães pelo Brasil. Poderia, porque mesmo com ótima atuação, não conseguimos nos importar com ele ou com os coadjuvantes.

‘A Busca’ é um road-movie que nos brinda com fotografias de diversas regiões do país, mas essa beleza se esconde por trás de sequencias vazias e sem necessidade dentro do roteiro, como no parto feito por Theo ou mesmo na revelação de onde e do porque seu filho ter desaparecido.

A degradação física do protagonista é notada, principalmente porque, a cada ‘fase’, seu corpo vai curvando-se como se houvesse um peso gigantesco em suas costas.
Mariana Lima, que interpreta Branca, é otimamente conduzida no primeiro ato, mas passado isso, só fica com a função de chorar e pedir para seu ‘quase ex-marido’ trazer o garoto de volta.

Ao subirem os créditos, ficam questões do tipo: por que não chamar a polícia, para ajudar na procura? Qual era o gênero, dentre toda salada de referências, que Luciano tentou dar ao seu projeto? E será que daqui para frente, o diretor esquecerá os cacoetes dos vídeos publicitários, viés pelo qual é formado, e se focará especificamente na linguagem cinematográfica? Isso só mesmo o tempo dirá!

Título Original: A Busca
Ano Lançamento: 2012 (Brasil)
Dir: Luciano Moura
Elenco: Wagner Moura, Mariana Lima, Lima Duarte, Brás Antunes, Alex Sander

ORÇAMENTO: 5 Milhões de Reais
NOTA: 6,0

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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