Aaaaah os filmes de terror! Este gênero que já nos trouxe inúmeras obras primas como O Exorcista e O Iluminado, surpresas excelentes como A Bruxa de Blair e Jogos Mortais e projetos insossos como este A Autópsia. O fato é que o diretor André Ovedral começa bem seu projeto. Ele insere diversos clichês de forma sutil, levando o espectador a comprar o mistério por trás daquele cadáver.
Brian Cox e Emile Hirsch tem boa química como pai e filho e criam, em certos momentos, uma espécie de barreira entre os dois. Ovedral surge, então, com os takes da anatomia humana e não economiza na nojeira. Prepare-se, há cérebros sendo abertos, pele sendo cortada e sangue escorrendo para todo lado.
Contudo, no segundo e terceiro atos os problemas têm início: primeiro pelo fato do roteiro sair do modo especulativo e jogar diversas assombrações sem qualquer sentido, depois pelos jump scares preguiçosos que vão desde um gato pulando na frente da câmera, até chegar à clássica olhada pelo buraco na porta (aí você pode adivinhar o que acontece!).
No fim das contas, como se estivessem com pressa de encerrar as gravações, criam-se suposições baratas e um desculpa esfarrapada para tudo aquilo acontecer.
A Autópsia passou despercebido nos cinemas nacionais, passou despercebido nos streamings da vida e, provavelmente, continuará assim por um longo tempo e para ser sincero, não vale o esforço… dentre tantos títulos do gênero, é melhor rever uma obra prima pela enésima vez, do que um projeto meia boca pela primeira.
Sinopse de A Autopsia:
Tommy e Austin são responsáveis pelas autópsias num necrotério. Certo dia, o xerife local trás um corpo de uma mulher desconhecida que foi encontrada morta próximo da cidade. Conforme eles começam o processo para identificação, coisas estranhas começam a acontecer, colocando a vida da dupla em perigo.
Título Original: The Autopsy of Jane Doe
Ano Lançamento: 2016 (Estados Unidos)
Dir: André Øvredal
Elenco: Emile Hirsch, Brian Cox, Olwen Catherine Kelly
ORÇAMENTO: 16 Milhões de Reais
NOTA: 5,0