FESTICINI | FILMES APRESENTADOS 24 E 25/10

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O Cinema e Pipoca voltou ao FESTICINI – Festival Internacional de Cinema Independente no último final de semana e conferiu outros excelentes curtas metragens. Confira nossos comentários sobre estes projetos.

MAIS UMA HISTÓRIA
mais uma historia
‘Mais uma História’ é um drama dirigido por Allan Souza Lima, que tem uma premissa interessante e poderia, muito bem, emocionar o espectador. Mas falta uma melhor interação entre os atores, que não conseguem dar aos seus personagens o devido teor melancólico.

É louvável ver a vontade do diretor em contar tal história, porém, assim como o próprio título do curta já diz, é apenas outra história que passará um tanto despercebido.

NO ESCURO
no escuro

Pedro Murad propicia ao espectador uma experiência única, pois ao invés das mulheres comentarem sobre seu próprio sofrimento e suas transformações em relação ao câncer de mama, são seus maridos que falam do quão importante e fortalecedor foi aquele episódio na vida do casal.

“No escuro você fala, você pensa e você tem pensamentos que você não expressa sobre a luz”, e ao contrário da escuridão do título, Murad abre um horizonte lotado de clareza e consciência e emociona o espectador com uma sutileza genuína. ‘No Escuro’ é sobre pessoas comuns, para pessoas comuns e sobre experiências enriquecedoras. Uma pequena obra prima.

MINHA DOCE ENFERMEIRA
doce enfermeira

Outro curta de Pedro Murad selecionado, ‘Minha Doce Enfermeira’ é o completo contraponto de ‘No Escuro’. Desde os primeiros segundos, o espectador é apresentado a um universo de tensão, cumplicidade e monotonia.

No roteiro, uma enfermeira passa diversos anos cuidando de um senhor acamado e sua rotina passa completamente diferente das pessoas que estão fora daquelas quatro paredes. Um tanto arrastado, o roteiro também flerta com o teatro e suas expressões mais caricatas.

TOMOU CAFÉ E ESPEROU

Com a câmera lenta, mas nunca entediante, Emiliano Cunha consegue trazer uma profusão de sentimentos tão potente que deixa o espectador boquiaberto. Além da singeleza do roteiro e da expressividade do protagonista, as tomadas dentro da casa são outro ponto a se comentar. Todos os enquadramentos foram pensados para dar a real noção de um clima melancólico.

‘Tomou Café e Esperou’ foi um dos curtas metragens mais incríveis do festival, sem contar o único diálogo do filme, bem no trecho final, que fecha o projeto com chave de ouro.

O JOGO
o jogo

Dialogando diretamente com o espectador sobre os relacionamentos, ‘O Jogo’ ganha a empatia do público pelos diálogos, hora tensos e hora engraçados e pela entrega dos protagonistas Rafael Primot e Gabi Cerqueira.

No vasto universo dos sentimentos (lê-se transformações pessoais e ciúmes), qualquer escolha pode ser fatal para que anos de convívio se percam. E é isso que o diretor Pedro Coutinho nos mostra com maestria.

BOSQUES: CADEIAS ALIMENTARES
bosques

Com uma estética que lembra muito a de Quentin Tarantino, com seus diálogos lotados de cinismo e que vão direto ao ponto, o diretor polonês Maciej Gajewski consegue, em 6 minutos, traçar uma ampla gama de possibilidades.

O tal bosque do título é uma espécie de purgatório, onde você extirpa seus pecados antes de rumar para o céu ou para o inferno. As reviravoltas e os demais personagens apresentados só aumentam o poder do curta.

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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