AOS TREZE

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E a juventude, tantas vezes retratada de tantas formas diferentes pelo cinema, volta a ser pontuada como uma fase difícil, ou melhor, quase impossível em ‘Aos Treze’. A fraca diretora Catherine Hardwicke (‘Crepúsculo’) errou a mão, até porque há uma grande futilidade na proposta inicial dela, pois tem uma visão completamente superficial dessas dificuldades.

Desde a inexplicável mudança de comportamento da protagonista, por causa de uma meia, até as deprimentes cenas em que a câmera acompanha as amigas andando juntas, num ângulo péssimo, ao som de um rock qualquer ao fundo, pouca coisa condiz com os traumas da adolescência. Fora que existe uma grande diferença entre uma garota rebelde e uma chata e Evan Rachel Wood (‘O Lutador’), não tem a menor ligação com o público.

Uma das coisas boas é o uso cauteloso, na edição, daquela câmera mais rápida e acachapante, que dá sensação de vertigem e loucura, mas para esse acerto existem dez erros, como o ato de ‘perdão’ da mãe, beijando as cicatrizes no braço da filha (poderia ser menos tolo e mostrar esse amor de outro jeito) e o repentino desfecho, como se viciados conseguissem se livrar dos males num piscar de olhos.

Tracey é uma garota qualquer que veste-se normalmente, tem amigas, mas não é tão popular na escola. Um dia, ao se sentir inferiorizada, resolve aproximar-se das tais ‘patricinhas’ e acabam apresentando a ela um universo de drogas, sexo e ganância.

Como em todos os anos, um filme independente tem que aparecer e ser louvado como ‘grande experiência cinematográfica’, honestamente ‘Aos Treze’ não é nada disso. Temos a certeza de que, às vezes, uma produção indie pode ser tão fraca quanto um blockbuster

Título Original: Thirteen
Ano Lançamento: 2003 (Inglaterra / EUA)
Dir: Catherine Hardwicke
Elenco: Evan Rachel Wood, Nikki Reed, Sarah Clarke, Kip Pardue, Deborah Unger, Brady Corbet

ORÇAMENTO: 2 Milhões de Dólares

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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