Missão Impossível é uma das marcas mais fortes de Hollywood há muito tempo. Desde que a série estreou em 1966, pela CBS, foi um grande sucesso de público e crítica.
Foram sete temporadas ou 172 episódios, lotadas de roteiros inteligentes e que jogavam o espectador em tramas intrincadas e ação de primeira. Astros como Leonard Nimoy participaram ativamente de grande parte do programa. Os estúdios Álamo eram os responsáveis pela dublagem aqui no Brasil, enquanto a extinta TV Excelsior era quem tinha os direitos de transmissão. Em 1970, foi exibido pela TV Record e depois, em 1976, pela Bandeirantes.
No final da década de 80, tentaram dar uma sobrevida a série, colocando Peter Graves novamente como um dos atores principais. Não deu muito certo e este retorno durou apenas duas temporadas.
A primeira trilogia de Missão Impossível
Missão Impossível, de Brian de Palma
Depois de uma longa pausa, a Paramount resolveu fazer uma homenagem aos fãs e inserir o novo público, que não teve contato com o produto, àquele universo tão interessante. O escolhido para levar Missão Impossível para as telonas em 1996 foi Brian de Palma, recém saído do excelente O Pagamento Final.
No elenco um jovem e já famoso Tom Cruise, além de coadjuvantes de respeito como Jon Voight, Ving Rhames, Jean Reno e Vanessa Redgrave.
Na história, escrita por David Koepp e Robert Towne e com argumento de Steven Zaillian, Ethan Hunt descobre que está em uma emboscada juntamente com sua equipe. No fim das contas, apenas ele e outra agente sobrevivem e agora terão que provar inocência e encontrar, dentro da própria agência, quem é o verdadeiro criminoso.
Com cenas emblemáticas (o que é aquele trecho final incrível pessoal!?), o filme foi um sucesso estrondoso e fez 457 milhões de dólares pelo mundo, contra 80 milhões de seu orçamento.
As pirotecnias de John Woo na franquia
Dois anos depois e os cinéfilos ganhavam uma continuação das aventuras do agente. Desta vez a direção passou para o talentoso John Woo, que havia feito anos antes o belíssimo Bala na Cabeça. Com orçamento mais robusto – desta vez de 125 milhões de dólares – e com Tom Cruise assinando como Produtor Executivo, Missão Impossível II teve uma recepção fria perante os críticos, mas calorosa entre os espectadores. Faturou nada menos que 546 milhões de dólares.
Com uma sequência inicial de tirar o fôlego, onde vemos Ethan Hunt e suas madeixas esvoaçantes escalando uma montanha sem qualquer tipo de proteção, Woo prepara o espectador para o roteiro que fala sobre um vírus mortal, desenvolvido por australianos e que está prestes a cair nas mãos de contrabandistas. O agente e sua equipe terão que salvar o dia outra vez.
Uma curiosidade é que Dougray Scott, que interpreta o vilão Sean Ambrose, havia aceitado viver o herói Wolverine, mas se feriu gravemente nas filmagens da sequência final e perdeu o papel para Hugh Jackman.
Fôlego novo à franquia com J. J. Abrams
Foram precisos mais seis anos, um diretor extremamente inventivo e os roteiristas do momento em Hollywood, para trazer as coisas de volta aos eixos. Missão Impossível III ganhou um roteiro lotado de idas e vindas no tempo, um vilão que chega a dar medo e cenas de ação coreografadas com qualidade impressionante.
J. J. Abrams embarcou no projeto e trouxe com ele os roteiristas Alex Kurtzman e Roberto Orci. Com ainda mais força para dar os pitacos necessários, Cruise, além de protagonista voltou ao papel de produtor e contracenou com Philip Seymour Hoffman e Michelle Monaghan.
Os 150 milhões de dólares foram pagos facilmente e a arrecadação foi finalizada com 397 milhões de dólares no bolso da Paramount.
O futuro da franquia
E o último capítulo, pelo menos por enquanto, foi intitulado Missão Impossível – Protocolo Fantasma. O roteiro coloca os membros da força-tarefa MI como culpados de um ataque terrorista, tudo isso, para que eles possam operar sem restrições em trabalhos ultra-secretos.
O genial diretor Brad Bird, em seu primeiro filme em live action, coordena bem as sequências de ação. O longa se passa em Dubai, Praga, Moscou, Bangalore e Vancouver, mas prolonga demais seu roteiro – o corte final teve longos 132 minutos. Mesmo assim os espectadores lotaram as salas e deram 694 milhões de dólares contra 145 milhões de seu orçamento.
O quinto episódio chegará aos cinemas no final de 2015 e terá o retorno de Simon Pegg, Jeremy Renner e Paula Patton. O diretor Christopher McQuarrie trabalhou como produtor e diretor em diversos filmes que tinha Cruise. Então, a gente já pode esperar um mínimo de sintonia entre os dois. E vocês, estão na expectativa para este novo filme de Ethan Hunt?